Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Segurança

Madrugada de sábado para domingo...

Madrugada de sábado para domingo, ao buscar filhos e amigos no clube Independente, os pais tiveram uma grata surpresa: em frente ao clube uma viatura da Brigada Militar e dois policiais cuidando do movimento. Este é o verdadeiro conceito de segurança comunitária, que é estar onde os eventos acontecem. Na segunda, o jornal mostra na primeira página os problemas da cidade de Caxias. O local que concentra várias casas noturnas, onde foi destinado um local para a viatura, simplesmente está abandonado pela segurança pública. Apesar das reclamações da população, as autoridades desconhecem o problema. Os dois eventos me fazem tomar a iniciativa de ligar para o comando e cumprimentar pelo serviço prestado. Isso me leva de encontro a realidade. O município de Flores da Cunha conta com apenas uma viatura em condições de circular. Outras três estão aguardando conserto. De quem é a responsabilidade? Do Estado dirá o vereador omisso e falastrão. E o que deve fazer o cidadão? Reclamar deverá ser a provável resposta. Reclamar com quem? Se o Estado se faz presente em primeiro lugar com as autoridades municipais.
Custos
A segurança é um bem desejado por todos, porém, cada vez mais escasso. Por isso, custa caro. Tentei buscar estes números, porém, o máximo que consegui foram dados de 2007 publicados por Cerqueira et al. Ele mostra que em 2004 a segurança custou ao país 92,2 bilhões. Desse total 28,7 bilhões foram gastos pelo poder público e 60,3 bilhões estão associados aos custos arcados pelo setor privado em seguros, cães de guarda, travas, cadeados, cercas e outros tipos de artefatos destinados a segurança.
Tem solução?
Os gestores públicos devem buscar as soluções, sejam elas, pressionar o Estado ou criar uma segurança municipal? Ou será que isso não é do interesse público? A solução, com certeza não virá dos discursos contra o Consepro ou contra a Brigada. A propósito, o conserto das viaturas é de R$ 8.000. O equivalente dez metros de asfalto.