Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Revisão econômica

O Ministério da Fazenda divulgou nesta semana o relatório bimestral sobre perspectivas da economia, com projeções macroeconômicas para 2010

Revisão econômica
O Ministério da Fazenda divulgou nesta semana o relatório bimestral sobre perspectivas da economia, com projeções macroeconômicas para 2010, com PIB de 6,5%, inflação de 5,2%, juros em baixa e crédito em alta, política fiscal sob controle. De acordo com os técnicos, o PIB este ano deverá crescer 6,5% este ano e o avanço médio será de 5,7% até 2014, puxado pelos investimentos, cuja expansão tem sido três vezes superior à do PIB, e pelo consumo das famílias, aumentando mais de 9% neste ano.

Classes mais baixas
De acordo com o relatório, a classe C manterá expansão nos próximos anos, batendo em 21,5% de 2008 a 2010. De 2002 até agora, em torno de 25 milhões de brasileiros saíram da base para o meio da pirâmide social. O poder de compra das classes sociais de menor renda tem evoluído constantemente, o que deve resultar no aumento da participação das classes C e D no consumo. Esta participação deverá ocorrer como reflexo da elevação do salário mínimo, controle da inflação, geração de empregos e benefícios sociais, como o programa Bolsa Família.
O benefício pago pelo Bolsa Família eleva a renda da população atendida em 48,7%, reduzindo o tamanho da população em extrema pobreza de 12% para 4%, e beneficiando cerca de 49 milhões de pessoas.

Indústria
Com o fim dos estímulos fiscais, a produção industrial também recuou em quase todas as atividades ao longo do segundo trimestre. Em junho, a queda foi de 1% em relação a maio. No acumulado em 12 meses, crescimento de 4,5% até maio e 6,5% até junho.
A produção de bens de capital recuou 2,1% em junho, sendo que equipamentos de transporte responderam por queda de 4%, contra crescimento de 3,8% em maio. Espera-se a recuperação nos dados de produção de bens de capital em função da grande gama de investimentos que está ocorrendo no país.

Crédito
O crédito total cresceu 2% em junho em comparação a maio e 19,7% sobre junho 2009, fechando o primeiro semestre do ano com desembolso de R$ 1,5 tri, equivalente a 45,7% do PIB. Os bancos públicos representam papel essencial na disponibilização do crédito desde o período da crise. De setembro de 2008 a junho de 2010, o saldo das operações de crédito desses bancos cresceu 63,9%, acima dos bancos privados de capital nacional (19,7%) e dos estrangeiros (9,4%). Em junho, a participação dos bancos públicos no saldo total de créditos do sistema financeiro nacional atingiu 42,3% a dos privados nacionais, 40,1% e a dos estrangeiros, 17,6%. As taxas médias anuais de juros bancários, apesar de ainda estarem em estado pecaminoso de usura, caíram a níveis históricos: 41,1% para pessoa física e 26,3% para pessoa jurídica.