Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Repetição

“A história sempre se repete, como farsa ou como tragédia”. A famosa frase de Karl Marx no livro ‘18 de Brumário’ é usada frequentemente na ocorrência de algum acontecimento ou evento semelhante ao que ocorreu no passado

A história sempre se repete, como farsa ou como tragédia”. A famosa frase de Karl Marx no livro ‘18 de Brumário’ é usada frequentemente na ocorrência de algum acontecimento ou evento semelhante ao que ocorreu no passado. Com o nosso Legislativo, ou melhor, com alguns vereadores, não é diferente. É só alguém emitir uma opinião ou fazer alguma crítica, como foi na coluna passada, e lá vem a velha cantilena: “Ele nunca foi na Câmara acompanhar nosso trabalho”. Há pelo menos 15 anos esse argumento é usado. Assim como são repetidas as seguintes expressões: “Devia falar somente em economia”, ou então, “porque não se candidata?”. Também se tornaram comum as tentativas de censura ao colunista por diferentes meios. Agora, o mesmo argumento é repetido pelo edil “di boas”. Essa repetição será farsa ou tragédia? 

Presença
Ele podia contestar as colocações diretamente, meu e-mail está na coluna justamente para isso. Mas não. Prefere as mídias digitais. Quer dizer que se fosse assistir as sessões as críticas seriam aceitas? Ou então, seriam respondidas devidamente? Além da falta de tempo, tenho meus passarinhos, que também não vão às sessões por vários motivos: falta de motivação, falta de tempo, e assim por diante. Tentei insistir, mas me convenceram do contrário, alegando que nas redes sociais os debates são mais dinâmicos e emocionantes que nas sessões. Assim, eles prestam mais atenção nas redes sociais e, quando ocorre algo de interessante, se manifestam. A falta de interesse nas sessões pode ser um assunto de debate interno do Legislativo. Em outras palavras, mudam os legisladores, mas não muda a monotonia. Nova repetição, farsa ou tragédia?

Respostas?
Da mesma forma que seus antecessores, o “di boas” não responde às críticas ou mostra onde estão os equívocos, usa as redes sociais, fala de tudo, menos do que foi apontado. Afinal, os problemas do trânsito existentes hoje, terão uma solução encaminhada? Onde foi parar o abaixo assinado do bairro Aparecida pedindo providências para a Rua Júlio de Castilhos? Esses foram os assuntos colocados na última coluna e não foram abordados pelo nobre edil, nem nas redes sociais, nem na tribuna. Mas nas redes sociais contou com muita ênfase, quantos quilômetros fez com sua bike para verificar as demandas da população. Apenas um recurso diversionista para dizer que está fazendo algo, mesmo que não seja o que foi apontado. Iguais aos anteriores, só muda o nome e o partido. Repetição como farsa ou tragédia? 

Passarinho
Além de não responder às questões colocadas, o “çábio” vereador quer dar sua opinião sobre meus passarinhos. Isso necessita de alguns esclarecimentos. Primeiro, eu não compro passarinhos, eles são voluntários. Segundo, tenho alguns critérios próprios de avaliação e escolha dos mesmos. Se ele tem preferência por urubu, paciência. A propósito, um passarinho me contou que uma entidade beneficente deixou de receber R$ 100 mil por falta de documentação cuja responsabilidade é do município. Já vi histórias semelhantes e não tenho dúvida, é uma tragédia.