Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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Recessão técnica

Agora é oficial, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,8% neste primeiro trimestre, o suficiente para configurar uma Recessão Técnica (onde há uma queda seguida do indicador por dois trimestres consecutivos).

Recessão técnica Agora é oficial, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,8% neste primeiro trimestre, o suficiente para configurar uma Recessão Técnica (onde há uma queda seguida do indicador por dois trimestres consecutivos). A queda de 0,8%, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar de configurar o status de recessão, veio acima da expectativa do mercado e analistas, que estimavam quedas entre 1% e 2,5% Apesar de superar a expectativa de muitos analistas que previam quedas de até 2,5% para o PIB do primeiro trimestre, muitas outras instituições relatam que a queda de 0,8% poderia ter sido ainda menor. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), por exemplo, divulgou reclamações quanto à demora do Banco Central em readequar a taxa básica de juros, onde os cortes deveriam ter sido feitos há muito mais tempo e em uma intensidade maior. Analisando por outro ponto de vista, Guido Mantega, ministro da Fazenda relata que o atual PIB que estamos vendo é um "PIB velho" e que a economia está se recuperando. Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso, relata que "ficou triste" com esta queda: "Eu fiquei triste porque a gente vinha num crescimento tão extraordinário, de 5%, 6%, estava em uma situação tão boa, e aí veio uma crise. Mas, ao mesmo tempo em que eu achei que é uma coisa ruim, o dado concreto é que o PIB decaiu mais do que eu queria, mas decaiu menos do que o que foi pronunciado nos últimos três meses por especialistas. Todo mundo dizia que ia ser uma catástrofe e não foi." Silêncio e turismo 1 Finalmente alguém do poder municipal se manifesta contra a praga dos carros com volume altíssimo desfilando pelas nossas ruas. Alguns ainda acham que isso seja propaganda, não num local civilizado. Propaganda se faz através de meios de comunicação que existem para isso, e em nosso município temos rádio e jornal. Não precisamos que alguém grite através da parede das nossas residências tentando nos chamar a atenção. O que surpreende é que há pouco tempo, sob o pretexto de criticar o executivo, alguns vereadores usaram a expressão “somos um município turístico”. Os fatos desautorizam isso. Deixamos de ser turístico, quando deixamos de ter políticas públicas destinadas a esse segmento. Temos apenas espasmos esporádicos de turismo. Silêncio e turismo 2 Não pode ser turística uma cidade que a partir das 8 horas há uma romaria de alto-falantes passando pela rua, anunciando gás, promoção, baile, e outras coisas mais, transformando as principais ruas da cidade num mercado persa, onde todos tentam fazer o maior barulho possível. Não pode ser considerado um local turístico uma cidade que abre mão de sua arquitetura para autorizar “caixotes” utilizando toda a área disponível, sem jardinagem, sem embelezamento, igual a tantos “cortiços modernos” que se encontra em qualquer lugar. Nesse momento há um prédio sendo construído com 6 andares, muito acima do permitido e ninguém se manifesta sobre o assunto. Não pode ser denominado de turístico um município que não possui um planejamento de eventos de forma a se criar um mercado de serviços, vivendo apenas de um grande evento esporádico. No restante do período os eventos são feiras de compras, realizadas e patrocinadas pela iniciativa privada. A iniciativa de questionar os “carros de som” é um bom começo para avaliar as demais qualidades necessárias para sermos um local que atraia turistas. Quem sabe com o silêncio resultante dessa medida, as autoridades possam pensar melhor sobre as demais políticas.