Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Quantas?

Trabalhando no Perfil Socioeconômico 2013 de Flores da Cunha (que será lançado em dezembro pela Editora Novo Ciclo), me deparei com uma dúvida: quantas empresas estão estabelecidas no município?

Quantas?
Trabalhando no Perfil Socioeconômico 2013 de Flores da Cunha (que será lançado em dezembro pela Editora Novo Ciclo), me deparei com uma dúvida: quantas empresas estão estabelecidas no município? Quantas destas empresas são indústrias, quantos são estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços? Como sabem os leitores, desde o ano passado tenho solicitado informações às autoridades e nunca obtenho respostas. Por este motivo apelei para o ‘passarinho’. A primeira resposta foi: “Ninguém sabe informar”. Não acreditei. Pensei que o ‘passarinho’ ainda estaria acomodado com todas as benesses recebidas nas eleições. Insisti. Verifica aqui, olha ali, pergunta acolá, afinal, qualquer atividade comercial depende do alvará da prefeitura. A segunda resposta foi mais explícita: “A pessoa responsável pelo levantamento se aposentou e ninguém sabe como fazer”. Duvidei da resposta e insisti: vai perguntando que alguém deverá saber quantas empresas o município tem e como estão distribuídas nas diversas atividades. A terceira resposta foi desoladora: “Não consegui. Perguntei a todos, só faltou o nono Giorgio e ninguém sabe dizer”. Isso será gestão?

Pessimismo
Na semana passada o aumento da cotação do dólar parece ter sido a senha para as manchetes catastróficas dos principais veículos de comunicação. Alguns dias depois analistas confirmam que a cotação da moeda se alterou na maioria dos países refletindo a divulgação dos indicadores da economia norte-americana. Um jornal publicou que a cotação era reflexo da desconfiança do mercado no governo brasileiro e que era a maior alta desde setembro. Convenhamos: um período de tempo ridículo para qualquer avaliação econômica. A política fiscal e os constantes déficits também são citados como problemas sérios. Porque tamanho pessimismo? Alguns analistas apostam que esse será o tom a partir de agora: mostrar que o caos se aproxima, afinal, estamos chegando ao ano de eleições presidenciais e, como se pode observar pelas manchetes, a presidente não é a preferência da grande mídia. Declaração do empresário Abilio Diniz parece confirmar essa tendência. Em entrevista à revista Carta Capital ele afirmou: “Internamente há um ceticismo maior em relação ao futuro do país do que lá fora”.

Otimismo

No outro lado do espectro político os defensores listam alguns sinais de que podemos ser otimistas com o futuro econômico. Entre os principais pontos estão: investimentos de R$ 75 bilhões anunciados pelas montadoras; PIB do segundo trimestre mostrando crescimento de 1,5%, o que surpreendeu até os analistas mais otimistas que esperavam 1%; as vendas no varejo em crescimento, com alta de 6,2% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado; produção industrial com crescimento de 1,6% até setembro mostrando investimentos na indústria; marcas internacionais vindo para o Brasil; e aumento dos gastos brasileiros no Exterior. Como podemos ver há sinais para análises otimistas ou pessimistas – dependendo do enfoque ou do interesse.