Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Proteção americana

Por mais que alguns setores reclamem, e muitas vezes com razão, o mundo está retrocedendo na sua intenção de eliminar as fronteiras comerciais.

Por mais que alguns setores reclamem, e muitas vezes com razão, o mundo está retrocedendo na sua intenção de eliminar as fronteiras comerciais. Inicialmente nos venderam a teoria da “globalização”, onde teríamos que abrir as fronteiras aos produtos estrangeiros para reduzir o custo dos produtos. Muitos países fizeram isso, porém, as nações mais industrializadas continuaram a proteger seus produtos e produtores. Com o desemprego crescendo, principalmente nos Estados Unidos, o discurso do protecionismo voltou a aparecer. Uma das vítimas recentes foi a Embraer. Depois de vencer uma concorrência mundial para vender aviões para a Força Aérea Americana, o contrato foi cancelado por “problemas documentais”, sem maiores explicações.
Todos se protegem
Na Europa o cenário não é muito diferente. Impuseram tantas limitações à carne brasileira que nos últimos quatro anos o volume de exportação caiu 70%. O Brasil está revendo o acordo automotivo com o México para limitar as importações, além de outras medidas. Nos Estados Unidos, estão em vigor atualmente 106 medidas protecionistas; na China são 94; no Reino Unido, 86; e no Brasil, 80. Por este ângulo, somos mais defensores do livre comércio que os inventores da “globalização”. É no meio desse tiroteio comercial que se encontra o vinho nacional. Ainda muito contestado, e agora criticado por estar sendo protegido sem o devido merecimento, segundo alguns. É certo que alguns “enochatos”, na sua empáfia e revirando os olhos, vão reclamar das medidas. Sob o aspecto das relações comerciais, as salvaguardas são mecanismos reconhecidos no mundo todo e não significam quebra de acordos, mas tratam apenas de equiparar relações comerciais e dar condições de mercado aos produtores.
Otários em debate
Qual o objetivo de debater o projeto com a maioria dos vereadores fora da Câmara? Faltaram apenas três vereadores para que todo o Legislativo se fizesse presente. Por que razão? O motivo era evitar que o debate fosse público. Quem sabe? Pelo que foi divulgado, o projeto continua dando trabalho a muita gente que tenta explicar o que não tem explicação. Acredito que poucas vezes infratores de uma lei tiveram tantos debates em relação as suas penalidades. Este fato dá uma dimensão dos “interesses” envolvidos. Quantas obras irregulares existem? Quantos contribuintes prestaram esclarecimentos? Onde estão os dados que serão analisados? Enfim, qual o tamanho do problema? Pelo que se viu, ninguém sabe. Pelo que soubemos da reunião, estão tentando convergir os “interesses” para que o preço político seja dividido entre Legislativo e Executivo. Se este for o caminho, podemos antever que nos farão de otários novamente. Irão transformar os ganhos de uma minoria no prejuízo de todos os cidadãos. E os interesses do município em relação ao planejamento urbano serão jogados no lixo, acobertados por algum discurso insosso.