Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Previsões

Para ficarmos num exemplo recente: em 2011 os mesmos autores projetavam para 2016 crescimento de 4,2% para o Brasil e de 3,4% para os Estados Unidos.

Previsões
Em janeiro o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava para o Brasil um crescimento da economia de 0,3% para 2015 e de 1,5% em 2016. Em abril a projeção era de queda de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) para 2015 e alta de 1% para o ano de 2016. Em outubro as previsões foram atualizadas para queda de 3% para este ano e nova queda de 1,6% para o próximo ano. Só nos resta torcer para que o FME esteja errado, o que não é difícil de acontecer. Para ficarmos num exemplo recente: em 2011 os mesmos autores projetavam para 2016 crescimento de 4,2% para o Brasil e de 3,4% para os Estados Unidos. Assim como projetavam uma recuperação rápida para a economia americana. Erraram todas.

Mundo
O que pode servir de consolo é que a previsão para a economia mundial também não é boa. Os mesmos ‘profetas’ continuam ajustando para baixo as suas projeções da economia mundial. Era de crescimento de 3,6% em janeiro e caiu para 3,1% em outubro. Os países emergentes devem crescer 4% e a América Latina deve recuar 0,5%. O cenário simplificado é esse: pequeno crescimento na economia americana; crescimento abaixo do esperado na China; e crescimento zero na Zona do Euro. O restante do mundo deve se ajustar em torno desse horizonte.

Poupança

A caderneta de poupança continua registrando perdas desde o início do ano: de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, os correntistas retiraram R$ 5,293 bilhões a mais do que depositaram em setembro. No mês passado, os brasileiros depositaram R$ 158,178 bilhões na poupança, mas retiraram R$ 163,471 bilhões. De janeiro a setembro, os investidores sacaram R$ 53,791 bilhões a mais do que depositaram na poupança, também a pior captação líquida registrada para o período. Nos nove primeiros meses do ano os depósitos somaram R$ 1,391 trilhão, mas os saques totalizaram R$ 1,445 trilhão.

Motivos
A alta da inflação também contribuiu para a perda de atratividade da poupança. Nos últimos 12 meses a caderneta rendeu 8,51%, o equivalente à Taxa Referencial (TR) mais 6,17% ao ano. A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no entanto, está em 9,53%, puxada pela alta de preços administrados como combustíveis e energia. Em resumo, o poupador já notou que pode rentabilizar melhor seu dinheiro em outras aplicações.