Previsão
E o mundo pode conhecer a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929 e superando em muito a crise financeira de 2008.
Previsões são apenas previsões. Uma tentativa de enxergar o futuro com base nos dados disponíveis. O Fundo Monetário Internacional (FMI) faz uma previsão, aparentemente óbvia, de que o mundo enfrentará uma recessão global neste ano. Até então nenhuma novidade, com o mundo em quarentena e baixa atividade econômica, o resultado não poderia se outro. A economista-chefe declarou que esta crise não tem semelhança com nenhuma outra que o mundo conheceu. E o mundo pode conhecer a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929 e superando em muito a crise financeira de 2008. A diferença é que a crise do subprime (2008) atingiu as principais economias, porém, os mercados emergentes cresciam fortemente, o que equilibrou os efeitos fazendo com que a recessão fosse de apenas 0,1%,
Recessão geral
A contribuição do boletim “Perspectivas da Economia Mundial” que recebeu o título de “O Grande Confinamento” é detalhar as projeções para várias regiões do globo e já prever a retomada econômica. Os prognósticos são de que apenas dois países não terão recessão, mas terão um baixo crescimento: A China vai avançar 1,2% e a Índia deve crescer 1,9%. Grandes economias devem registrar forte recessão. Para os Estados Unidos, maior economia do mundo, o relatório projeta uma grave recessão, com queda de 5,9% do PIB (Produto Interno Bruto) e uma recuperação de 4,7% em 2021. Para o México a previsão é de -6,6%, para o Brasil -5,3%, Argentina -5,7%. Para as demais a projeção não tem boas notícias: Rússia -5,5% e África do Sul -5,8%.
Ajuda
Outra contribuição do relatório é analisar as medidas implementadas por alguns governos, como aumento de liquidez no mercado financeiro através de atuações das autoridades econômicas, assim como a ajuda em larga escala para famílias e empresas. Ressalta a necessidade de aumentar a cooperação multilateral, principalmente uma ajuda dos ricos para os países emergentes, com a redução de barreiras alfandegárias e não alfandegárias que dificultam o comércio entre fronteiras. Resta saber se as grandes economias tais como os Estados Unidos, país que tem a maior quantidade de barreiras ao comércio, vão seguir essas orientações. A recuperação da economia mundial exigirá dinheiro e estímulo e será mais rápida e eficaz se as medidas forem coordenadas entre os países mais desenvolvidos. Na área da saúde, o FMI pede o aperfeiçoamento dos sistemas de informações e faz uma recomendação pela manutenção de medidas de isolamento. Até o FMI! Deve ser mais uma entidade comunista.