Apesar da pressão exercida pelo Congresso Nacional, o governo irá reajustar o valor das aposentadorias em 6,08% para quem ganha acima do salário mínimo.

Apesar da pressão exercida pelo Congresso Nacional, o governo irá reajustar o valor das aposentadorias em 6,08% para quem ganha acima do salário mínimo. Esse percentual corresponde à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2011. Para quem ganha o valor do salário mínimo o reajuste será de 14,1%, que é a reposição da inflação mais o crescimento da economia, o que resulta no novo valor do salário mínimo. Apesar das reclamações de alguns setores, a política de reajuste tem sido colocada claramente: mais reajuste para quem ganha menos. Isso não significa a repetição da política de achatamento salarial que ocorreu alguns anos atrás e de triste memória. Ao contrário, significa recuperação do valor do salário mínimo e, consequentemente, daqueles que ganham menos, o que não ocorre com as faixas de remuneração superiores.

Comparação e reajustes
Ao se comparar o valor da aposentadoria em número de salários mínimos, alguns pensarão que estão ganhando menos, o que é verdade em números de salários, mas não corresponde à realidade se considerarmos o poder aquisitivo do dinheiro no tempo. Desde o Plano Real, em março de 1994, o salário mínimo passou de R$ 64,79 para R$ 622 a partir de janeiro de 2012. Se fosse apenas reposto o valor, ou seja, corrigida a inflação, o salário mínimo seria de R$ 263,82. O valor acima disso é ganho real, o que não ocorre com quem ganha valores superiores ao mínimo. Por conta deste efeito, os valores superiores tendem com o tempo a se equiparar aos valores inferiores por conta dos ganhos reais destes últimos. Portanto, podemos espernear, mas a realidade é esta. O ganho salarial da turma de baixo é superior devido aos ganhos reais, enquanto que para a turma de cima – que ganha um pouquinho mais – é somente reposto a perda da inflação.

Do ridículo ao invejável
O site do jornal britânico Financial Times comentou a venda de títulos brasileiros para investidores americanos e europeus. Foram US$ 750 milhões a uma taxa de 3,44% ao ano, para vencimento em 10 anos. O jornal lembrou que o país já foi ridicularizado em outros tempos e agora aparece em uma posição invejável. A taxa paga demonstra que o Brasil tem mais condições de honrar seus compromissos do que muitas das grandes economias. Com o mesmo prazo de vencimento os títulos da Itália são negociados com taxas de 6,9% e, os da Espanha, com 5,2%.

Dizem por aí
Que junto com as articulações políticas começaram as captações de recursos para a campanha eleitoral deste ano. Seria esta a motivação para a elaboração de alguns projetos. Tentei buscar mais informações, porém, o meu passarinho informante deve estar veraneando, ou será que se bandeou para o lado do colega Fabiano Provin? Ou, pior ainda, entrou na composição de um menarosto multipartidário?