Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Prestação de contas

A prestação de contas do Legislativo florense deve ser louvada pela transparência com que é exposta ao público. Quanto ao aspecto financeiro pode ser olhada por dois ângulos distintos.

Prestação de contas
A prestação de contas do Legislativo florense deve ser louvada pela transparência com que é exposta ao público. Quanto ao aspecto financeiro pode ser olhada por dois ângulos distintos. O primeiro é o lado positivo de que a Câmara não gastou todo o orçamento previsto em lei e devolveu ao Executivo o valor aproximado de R$ 250 mil. O segundo ângulo é que as atividades dos legisladores consumiram R$ 1,49 milhão. Considerando que ocorreram 63 sessões, temos um custo de R$ 23.650,79 para cada sessão realizada. Dividindo por nove vereadores concluímos que cada um deles custou R$ 165 mil em 2013. Se for muito ou pouco cada um julgue conforme a atuação do seu representante. O desempenho está disponível no site da Câmara e o eleitor pode avaliar o que cada vereador realizou neste período. De acordo com o relatório, a maior atividade foram indicações, totalizando 260.

Atas
No site da Câmara (www.camaraflores.rs.gov.br) também é possível ler todas as deliberações dos legisladores. Para isso não é preciso estar presente para saber o que ocorre. Está tudo lá, trocadilhos infames, manifestações equivocadas, ironias sem sentido, erros de português e os vícios de linguagem (né!). Isso facilita o trabalho do eleitor com as vantagens de economizar tempo e sem precisar olhar para os legisladores, principalmente porque alguns são ‘desprovidos de beleza’. Falo disso porque quando querem desqualificar meus comentários dizem que nunca estou nas sessões. Não preciso. A ata oficial é minha fonte quando tenho interesse em algum assunto. Demora alguns dias, mas está lá no site, não preciso de informantes e não corro o risco de interpretações equivocadas. Além de poupar os ouvidos para certas preciosidades como “Tocam em mim, vocês vão ver que eu sou real, quando eu quero ir a Caxias eu pego a 122, não dou volta por Nova Roma do Sul e nem São Marcos”. Observem a profundidade da citação, igual a um pires.

Cinco urubus
Um vereador está tentando justificar o injustificável. Para isso tenta desqualificar os meus passarinhos. Numa ocasião chamou-os de urubus. Se isso for verdade, quem é a carniça que os atrai? Nem é preciso ser técnico agrícola para saber que eles (os urubus, não o vereador) têm um papel ecológico de extrema importância, eliminando 95% das carcaças. No Brasil temos cinco espécies de urubus. E a coincidência: segundo a manifestação do edil, uma carniça, digo, uma moção leva menos de 5 minutos para ser elaborada e protocolada. É um número místico. Pelo site, ficamos sabendo que o mesmo teve aprovadas três indicações, seis requerimentos e uma moção. E o restante do tempo? Deve ter sido consumido em blá-blá-blá.

Jabuti
O referido edil desprovido de argumentos é igual ao jabuti em cima da árvore. Ele não tem o que fazer lá. Não chegou lá sozinho. Alguém o colocou lá. Os responsáveis devem estar orgulhosos.