A definição foi dada e contextualizada E não é justificada

Legisladores contrariados
Insatisfação não tem lado
A definição foi dada e contextualizada
E não é justificada
Ao invés de explicar, busca o antônimo
Sabe a origem, mas não diz o sinônimo
“Não sabe fazer uma frase, copiou”
Diz o legislador em sua fala autoral
Como se toda definição viesse do lixo digital
Ou do dicionário informal
“Engolir é pejorativo”
Oh! Dúvida atroz
Está no mesmo dicionário
Ou será o antônimo de algo pior?
“Ele está magoado porque não paga ISS”
Tentam desqualificar a crítica
E como todo candidato a ditador
Ameaça reclamar com o diretor
Onde já se viu
Um economista fazendo crítica
Errou duas vezes o ‘edil’
Na qualificação e no preceito
Fazendo leis que não lhe dizem respeito
Mas admite o legislador ‘brabinho’
Casuísmo a gente faz “mas é só um pouquinho”
“É tão normal” afirma, acusando a conjuntura
Em política, às vezes, “é preciso um pouco de cintura”
Essa estranha confissão está nos anais
Sessão 2.318 – ordinária. A sessão, não a declaração
“Estamos ajudando a base produtiva”, diz outro com ar de noviço
“Então porque ficamos de fora?”, questiona a empresa de serviço
Não somos contribuintes?
Todo ano produzimos PIB, pagamos alvará
E a cada mês de ISSQN damos um percentual
E desfila o legislador feito em profusão
Todos rotulados, orgulhosamente, de casuísmo
Com certeza sabe o erudito:
Quanto maior a abrangência das leis maior é o benefício
E que o atendimento de alguns grupos se chama clientelismo
Como dizia um contraparente: política sem debate
É como conversa de botequim:
Resulta em ideias polêmicas
E poesia ruim.