Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Pobreza latina

Os índices de pobreza na América Latina atingiram os níveis...

Os índices de pobreza na América Latina atingiram os níveis mais baixos dos últimos 20 anos. Nesse período, a taxa de pobreza reduziu 17 pontos percentuais, de 48,4% para 31,4%, enquanto que a indigência caiu 10,3 pontos percentuais, baixando de 22,6% para 12,3% dos habitantes. Esses são os principais indicadores revelados pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal). O relatório conclui que a redução da pobreza está relacionada com o aumento de renda proveniente do trabalho. Em outras palavras, os programas de transferência de renda contribuem muito pouco para isso – a solução é o emprego. Isso fica visível quando se observa que o Brasil não consta entre os países que mais reduziram a pobreza. Os destaques positivos são para Peru, Equador, Argentina e Colômbia. O destaque negativo fica com Honduras e México, que aumentaram os números de pobres em quase 2%.
Novo cenário
O estudo da Cepal mostra que, considerando o volume de negócios, os países ricos, aos poucos, vão perdendo espaço no cenário mundial. Em 1985, o comércio entre países emergentes (eixo Sul – Sul) respondia por apenas 6% das transações mundiais, enquanto que o volume entre países industrializados, também chamado de eixo Norte-Norte, era de 63%. Passadas três décadas, a relação de negócios é de 24% entre os países emergentes e de 38% entre os países industrializados. Fato que houve mudança no eixo dos negócios mundiais. Mesmo com este novo cenário não podemos nos enganar. A crise nos países industrializados atingirá a todos. O que pode acontecer é o impacto ser menor, graças às melhoras macroeconômicas dos últimos anos.
Olimpíadas
Segundo a entidade Europeus por uma Política Econômica Alternativa (Euromemos), os jogos olímpicos da Grécia foram o prenúncio da crise econômica. Eles determinaram uma escalada de custos e revelaram a falta de planejamento e organização do Estado Grego. Os custos da Olimpíada de 2004 foram de 9 bilhões de euros, quase o dobro do orçamento inicial. Foram os jogos mais caros da história moderna. O valor gasto foi o dobro do evento anterior, ocorrido em Sydnei (Austrália). Muitas das obras estão abandonadas. Que a Grécia sirva de lição aos nossos governantes, que já demonstraram não serem capazes de montar orçamentos confiáveis. Tivemos um pequeno exemplo com o Pan e corremos sérios riscos com a Copa do Mundo.
Passarinho
Um passarinho me contou que estão ocorrendo reuniões na floresta. Além das raposas (construtores multiplicadores), estão os castores (construtores sérios) e mais algumas feras com poder econômico e político. O assunto é sobre o projeto dos galinheiros, quer dizer, a regularização das obras irregulares. Parece que os castores estão se saindo bem. Todos concordaram, ao menos aparentemente, que os valores são simbólicos. O projeto seria retirado e voltaria o Conselho Municipal do Plano Diretor. Por outro lado, o projeto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores. Vamos aguardar.