Conforme a Brigada Militar, grande parte das prisões que realiza é de reincidentes, muitos foram presos mais de seis vezes neste ano. Por que isso acontece?

Oportunismo
Nesta semana a Brigada Militar divulgou um levantamento em que grande parte das prisões que realiza é de reincidentes, muitos foram presos mais de seis vezes neste ano. Por que isso acontece? Por que o juiz é ‘bonzinho’ ou relapso? É claro que não. A resposta incômoda é porque a lei permite. Quem faz as leis? Os legisladores (deputados e senadores). Vemos nesta semana o oportunismo político sobre a redução da maioridade penal. Já que os deputados e senadores estão com todo esse poder, não seria mais útil ser canalizado para alterar as leis que permitem bandidos permanecerem impunes mesmo com alto número de reincidência? Por que não fazem isso? Porque isso exige muito trabalho e conhecimento técnico. O melhor é surfar nas manchetes da mídia que concede generosos espaços para políticos medíocres, alçados a condição de líderes devido a união de interesses escusos, negociatas e desejos de tumulto. Não buscam soluções; para eles bastam os holofotes. Pouco importa o resultado, o mais importante são os espaços na mídia.

Maquiagem
O que poderia ser melhorado para dar mais agilidade ao Judiciário? Não seria o caso de fazer mudanças profundas e não uma pequena maquiagem? Por que preso não trabalha? Porque não existe lei que regulamenta isso. Por que tanta tolerância com criminosos? Porque isso não incomoda quem faz as leis. Os ‘pequenos crimes’ não são punidos porque atentam somente aqueles que usam paradas de ônibus e outros ‘locais perigosos’. Os legisladores moram em condomínio fechado, não sabem o que é perder o celular para o usuário de droga, ou os riscos de andar a pé pelas ruas das cidades. O mundo deles é outro. O que faz o Judiciário? Aplica as leis elaboradas por essa turba.

Dívidas
Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo registrou queda no percentual de famílias endividadas – 62% dos entrevistados se declararam endividados. Porém, aquelas que declararam ter dívidas em atraso aumentaram, atingindo 21,3% no ano. A expectativa de baixo crescimento da economia tende a ampliar esse percentual.

Pessimismo
Os executivos brasileiros são os mais pessimistas do mundo. Os asiáticos são os mais otimistas. Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, pela Universidade Duke (EUA) e pela CFO Magazine mostra que numa escala de zero a 100, o indicador brasileiro está em 35,7 pontos e, na Ásia, está em 63,1. Há dois indicadores que justificam a queda de humor: emprego e investimento. A pesquisa respondida pelos executivos-financeiros projeta uma queda de 6,6% para o emprego e redução de 8,3% nos investimentos. Pelos dados da pesquisa os executivos projetam uma retração econômica superior ao que foi previsto até o momento.