Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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O brasil na visão estrangeira

A revista britânica “The Economist” na edição da semana passada dedica um especial de 14 páginas, além do editorial e da chamada de capa, para a ascensão econômica do Brasil.

A revista britânica “The Economist” na edição da semana passada dedica um especial de 14 páginas, além do editorial e da chamada de capa, para a ascensão econômica do Brasil. Com o titulo “Brazil Take off” (o Brasil decola) a revista afirma que país entrou no cenário mundial, o que pode ser simbolizado pela escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica em 2016. De acordo com a publicação, a inclusão do Brasil no grupo dos países emergentes, o denominado BRIC, em 2003 pode ter surpreendido a muitos e gerado alguns comentários irônicos, porém, hoje ela se mostra acertada com o desempenho econômico invejável. De acordo com a reportagem, seguindo no ritmo dos últimos anos, o Brasil pode se tornar a quinta economia mundial entre os anos 2014 e 2024. Diferenças A revista ressalta as diferenças entre o Brasil e os demais emergentes. “Ao contrário da China, é uma democracia, diferente da India, não possui conflitos étnicos, religiosos e nem vizinhos hostis. Ao contrário da Rússia, tem uma exportação diversificada, e trata investidores estrangeiros com respeito”. Sem querer ser exageradamente otimista, a publicação mostra os problemas que merecem a devida atenção: corrupção, falta de investimentos na educação e na infraestrutura. O lado bom A revista começa mostrando o que o Brasil fez de forma correta. Preveniu uma epidemia de AIDS com políticas de saúde pública. Algumas dessas iniciativas ajudaram a desenvolver a pesquisa mundial. Tem capacidade maior para gerar energia renovável que as grandes economias. Existem iniciativas de melhorar a gestão pública, reduzindo déficits e focando na eficiência. Ilustra esse aspecto com uma frase da ministra Dilma contando que quando chegou ao ministério de minas e energia havia 25 motoristas e apenas três engenheiros. O lado ruim De acordo com a publicação o estado brasileiro é forte onde deveria ser fraco e fraco onde deveria ser forte, e isso pode atrapalhar o seu desenvolvimento. O estado pode reter a construção de hidroelétricas e portos através das licenças ambientais, mas não consegue obstruir os esgotos sem tratamento que poluem o rio da maior cidade do país. Assim como não consegue combater o corte ilegal de madeira nas florestas. O estado pode dificultar a contratação e demissão de funcionários pelas grandes empresas, mas não consegue evitar que 45.000 cidadãos sejam assassinados todos os anos.