Tal como o céu, que aos poucos vai escurecendo e carregando de nuvens negras...

Tal como o céu, que aos poucos vai escurecendo e carregando de nuvens negras antes das tempestades, a economia, aos poucos, monta o cenário para uma tragédia grega. Nesta semana dois bancos franceses tiveram sua classificação de risco rebaixada. A principal razão apontada é o volume de crédito a receber da Grécia. Outros bancos europeus correm o mesmo risco devido as suas exposições às dívidas de Portugal, Irlanda e, como não poderia deixar de ser, a Grécia. O grande risco neste momento é a corrida dos investidores para resgatar seus investimentos em economias aparentemente mais fortes, como Itália e Espanha. A crise se aproxima perigosamente de mais países. O risco total ameaça um terço do PIB da zona do euro. A política econômica europeia parece uma colcha de retalhos: a cada remendo surge outro rasgo. O que ameaça a própria existência do euro.
Dólar
A crise na Europa é uma parte da explicação para a recente valorização do dólar. Para muitos, apesar dos pesares, a moeda americana ainda parece ser o único lugar seguro do mundo. No Brasil, ajudou também o IOF sobre derivativos e compra de moeda. Bem como o recente corte de juros. Setores do mercado apontam em R$ 1,75 ainda este mês.
Exemplo
A Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, ganhou a fama de ser a mais bonita do mundo. Com apenas 480 metros de extensão, ficou famosa. O blog dos amigos da rua já teve mais de 25 mil acessos em apenas dois dias. O que transforma uma rua em notícia mundial? Um prédio famoso ou altamente moderno? Não. O que tornou esta rua famosa foi a sua arborização. As árvores foram plantadas há 70 anos e, hoje, se tornaram patrimônio. Enquanto isso, numa cidade do interior, a mediocridade arquitetônica continua imperando. O centro está se tornando um paredão artificial com prédios colados um ao outro. Sem árvores. Sem verde. Sem vida. Para os habitantes, ninguém precisa de jardim, o negócio é colocar concreto até o último espaço livre. É possível mudar? Com certeza, mas não será por meio dos construtores. Um ditado antigo diz que eles são como goleiros – onde pisam não nasce grama. A mudança terá que vir das autoridades. Os habitantes deste lugar estão orando a Santa Lúcia, protetora dos olhos, canal de luz.
Antropologia e economia
Influência das tribos de Flores da Cunha no preço do combustível. Este é o tema do segundo programa do Colonews. É uma ideia inteligente do André Costa e do Rodrigo Marcon. Uma análise muito bem humorada, com trilha sonora original ilustrando os comentários dos apresentadores, sobre as tribos que habitam o centro da cidade. É uma prova de que existe vida inteligente. Para os que quiserem se divertir com os episódios do Colonews, o endereço é o seguinte: colonews.wordpress.com. Vale ouvir.