Natal
Está chegando o Natal e com ele algumas tradições que se perpetuam, como o presépio
Está chegando o Natal e com ele algumas tradições que se perpetuam, como o presépio que começou a ser comemorado por São Franciso de Assis no século XIII. Também é época de reflexão, de deixar para trás muitas coisas e, principalmente, de perdoar. Foi buscando as peças para montar o presépio que me dei conta que eu tinha que me desculpar de algumas coisas. Confesso que, analisando os fatos, inicialmente vacilei. Será que tenho mesmo que fazer isso? Será que devo pedir remissão dos meus equívocos? O erro é involuntário, ninguém projeta errar, por isso ele deve ser corrigido, mas a correção começa pelo pedido de desculpas? Teriam sido eles de tamanha envergadura que eu teria que realizar tal ato? Mas outro pensamento me dominou insistindo que pedir perdão nunca é demais, seja qual for o tamanho do erro.
Perdão
Foi assim, juntando as peças do presépio, que decidi pedir perdão. Me perdoe vaquinha, me perdoem ovelhinhas, peço desculpas pequeno burrinho que conduziu nosso Salvador, aos camelos peço que me entendam, aos reis magos, na sua imensa sabedoria e do alto da sua nobreza, me concedam a bênção da compreensão e peço misericórdia. Aos demais componentes, os quais sou devoto, peço absolvição e que me iluminem a alma. Peço indulgência a todos os componentes do presépio por ter usado um ditado popular e, talvez os tenha ofendido, comparando com alguns legisladores. Sei que foi ousado demais, mas na ânsia de querer despertá-los da indolência e fazer com que olhassem de forma abrangente para o bem público, eu cometi esse deslize. O presépio não merece ser colocado no mesmo patamar.
Limitados
Se o Natal lembra o Rei que se fez pequeno, e o próprio Deus que se fez humano, no legislativo tem alguns que acreditam serem realeza e não sabem que seu pequeno poder é limitado e transitório. Acreditam ser infalíveis e não entendem que as críticas são para os atos e não para as pessoas. Outros acreditam que se tornarão importantes, talvez imortais, com seus pequenos gestos e algumas leis inúteis, que servem apenas para obter alguns minutos de atenção. Olhando para a bela imagem do presépio, me culpo pela comparação. Podia ter usado qualquer outra imagem, mas foi o impulso do momento. Podia, por exemplo, ter usado a complacência de bovinos e seu olhar despreocupado para o campo aberto, bem ‘di boas’, sem se importar com o que acontece ao seu redor, ou então, as ovelhas e seu jeito despreocupado, obediente e passivo. Mas usei o presépio e o rebaixei, por isso me penitencio. Mais uma vez, perdão presépio.
Redes
A semana que passou foi de muitas atividades nas redes digitais, recebi alguns prints de mensagens, onde cérebros minúsculos comemoram as dificuldades pelas quais passa o Jornal O Florense. Não fico surpreso, basta ver o que estão fazendo com os poucos movimentos culturais do município. São os mesmos que admitem que não leram o jornal, mas comentam nas ‘redes’ o que foi publicado. Também recebi um print com queixas contra a minha tia Laurinda. Antes, gostavam dos passarinhos, agora não gostam da Tia, o tempo ajuda a mostrar a verdadeira face de algumas pessoas. Para estes, tenho uma triste notícia: a tia não pretende parar, pelo contrário, pensa em ir para as redes digitais, onde poderá fazer mais barulho. Um ditado enviado por um amigo ilustra muito bem o momento: há asnos que nem para o presépio servem.
ET
Não sei quem é o autor, provavelmente um dos meus 17 leitores. Recebi uma ilustração, destas que enviam por WhatsApp. Nela está um legislador com o boneco de um ET verde com os seguintes dizeres: Chegou o ET Laurindo, ideal para presépios. Será que a tia Laurinda está envolvida nisso? Tentei fazer contato e não consegui. Mas que ficou engraçado, ah! Isso ficou.