Mobilização
Se há um setor em que se nota evolução significativa na gestão do município, esse é, sem dúvida, o setor de cultura
Se há um setor em que se nota evolução significativa na gestão do município, esse é, sem dúvida, o setor de cultura. É isso que se pode verificar com a reportagem da última semana do jornal O Florense. Os que não acompanham podem achar que agora foram colocadas mais verbas nessa área. A resposta é não. Não é uma questão de verba, a resposta está bem clara na reportagem: Mobilização. Esse foi o papel desempenhado pela responsável. Mobilização que iniciou em agosto de 2021 com a conferência municipal de cultura envolvendo a comunidade, e onde foram definidas as prioridades. Outros podem sugerir que fizeram alguma nova lei para a área da cultura. A resposta é outro sonoro não. Desde 2012 existe a lei que instituiu o sistema municipal de cultura. Portanto, há 10 anos existe uma lei, mas não existia um plano. Se em 10 anos não foi possível elaborar um plano para o setor de cultura, fica a pergunta sobre o que faziam aqueles que ocuparam o cargo anteriormente? Parte da resposta é conhecida, outra é um mistério.
Avanços
O plano elaborou as prioridades para a área cultural. Entre as 10 prioridades, uma delas é promover a Vindima da Canção. Eu ia escrever que se forem realizadas metade das prioridades estabelecidas já seria um grande avanço, mas devo corrigir. Se retornar a Vindima da Canção, será a maior realização cultural do município. Se ocorrer esse retorno e mais alguma das ações listadas forem realizadas, então, será a consagração e o início de uma nova etapa na cultura no município. Como diz na reportagem, a cultura é uma construção coletiva, o poder público pode ser o incentivador e o interlocutor das iniciativas, mas para isso é preciso diálogo com a sociedade, não basta ter alguém ocupando um cargo dentro de uma sala, apenas para dizer que há um responsável pela cultura. É preciso mais, é necessário um pouco de conhecimento e disposição para trabalhar. Agora parece que há.
Outro leitor
Falar de cultura é lembrar de educação. Recebo um recado de um leitor que não conhecia, acho que é novo, continuando assim serão 20 leitores em breve. Ele se auto denomina de “Cirão, o irônico”, eis o recado: “Podem dizer o que quiserem, mas o que não faltou no governo federal foram notícias sobre a educação, olhe só, nos últimos dias soubemos que os recursos do ministério da educação eram liberados através da “intervenção divina” de alguns lobos, desculpe, “pastores”. Como todos sabem os lobos, digo os “pastores” são os mais indicados para cuidar de recursos financeiros. Possuem grandes habilidades para arrecadar, guardar, acumular, etc... Têm alguns problemas para dividir, mas isso é o de menos. A notícia mais recente é a liberação de verbas para a construção de 52 novas escolas no estado do Piauí. É algo para ser comemorado, não fosse o fato de ter 99 escolas inacabadas e, em alguns casos, não há previsão de verbas para a conclusão. É a nova modalidade de ensino: educação noticiosa”.