Enquanto escrevo estas linhas há a expectativa do prêmio da Mega Sena.

Enquanto escrevo estas linhas há a expectativa do prêmio da Mega Sena. Um valor expressivo de mais de R$100 milhões que poderão contemplar alguns felizardos. Esta é a aposta de muita gente para ficar rico, sem esforço, competência ou paciência. Contando apenas com a sorte. As chances são pequenas, mas existem. Segundo os dados do órgão encarregado dos jogos, para quem faz um cartão simples as chances são de uma em cinquenta milhões. Segundo o INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais) a probabilidade da pessoa ser atingida por um raio são de oito para um milhão. Isso significa que se a pessoa sair de casa em dia de chuva para fazer sua aposta, tem uma probabilidade 40 vezes maior de ser atingida por um raio do que ganhar o prêmio. O que não deve desestimular ninguém a jogar, pelo contrário, aproveitando o dia de sol dos últimos dias, vale a pena arriscar.

Dinheiro fácil
Um estudo da universidade americana Vanderbilt denominado “O Caminho da vida fácil? As consequências financeiras de ganhar na loteria”, mostra que a pessoa que ganha, repentinamente, uma quantia razoável, enfrenta dificuldades financeiras, da mesma forma daquele que continuou trabalhando para pagar as contas. A análise considerou as pessoas premiadas pela loteria da Flórida entre 1993 e 2002 com valores que oscilaram entre 50 e 150 mil dólares. Uma boa parte dos ganhadores pediu falência depois de alguns anos. É lógico que são valores mais modestos que o premio acumulado da Mega Sena, uma quantia infinita para quem tem gastos moderados. Os pesquisadores identificaram um padrão de comportamento entre os premiados que perderam todo o dinheiro: eles não mudaram sua estrutura de receita e despesas, o que os fez gastar todo o dinheiro e voltar para o empobrecimento. Esse fato pode ser resumido em uma célebre frase do ex-jogador do Manchester United George Best, que definiu seu estilo de vida: “Metade do que ganhei eu gastei com mulheres, bebidas e carros. A outra metade eu realmente desperdicei.”

FMI otimista
Relatório publicado nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional mostra otimismo econômico com a América Latina e especialmente com o Brasil. O surpreendente na notícia é que o FMI é mais otimista que os cabos eleitorais do partido. De acordo com o relatório, a economia brasileira deverá crescer 7,5% neste ano, enquanto as projeções mais otimistas falavam em 6%. Para o próximo ano a projeção de crescimento é de 4,5%. O relatório traz elogios para quatro países, além do Brasil: Chile, Colômbia e Peru, grupo denominado de “LA-4”, são os países mais orientados para o mercado e com maior potencial de crescimento. Segundo o relatório, o desafio para o Brasil é retirar os incentivos utilizados para enfrentar a crise financeira. O documento também aprova o uso de controle para limitar o fluxo de capital.