Juros baixos
Os esforços para a redução das taxas de juros na economia tem dado resultado parcial para quem necessita de recursos, por outro lado tem gerado preocupações com a queda dos rendimentos para quem tem recursos aplicados.
Os esforços para a redução das taxas de juros na economia tem dado resultado parcial para quem necessita de recursos, por outro lado tem gerado preocupações com a queda dos rendimentos para quem tem recursos aplicados. Para os gestores de fundos o problema é mais grave: em alguns casos a poupança pode se tornar a opção de aplicação mais atrativa, pois tem liquidez sem tributação. Com isso o investidor pode movimentar seus recursos em prazos curtos sem perder rentabilidade. Com o último corte na taxa básica de juros, fixando em 9% ao ano, fica estabelecido o novo parâmetro, também denominado de “benchmarking” para os fundos de renda fixa, ao menos os mais populares denominados de “fundos DI”.Taxa de administração x rendimento
Todos fundos cobram uma taxa de administração que pode ir de 0,5% a 4% ao ano sobre o valor aplicado, além disso, são tributados pelo Imposto de Renda em alíquotas que vão de 22,5% até um mínimo de 15%. Para a tributação mínima os recursos devem ficar aplicados por mais de 24 meses. Fazendo um cálculo simples, no melhor dos cenários, com rentabilidade de 9% menos 0,5% de taxa de administração a rentabilidade seria de 8,5% ao ano, descontando o imposto de renda de 15% o resultado líquido será 7,22% no ano. A Caderneta de poupança rende 0,5% ao mês mais a taxa de referência que é a média das taxas do CDB com um redutor. No ano passado a poupança rendeu 7,5% no ano. As projeções indicam para este ano uma rentabilidade próxima de 7%. Na hora de investir a decisão passará pela seguinte questão: compensa deixar os recursos investidos 2 anos para obter um rendimento próximo da poupança? A redução do prazo resultará em rendimento inferior. No exemplo dado acima, se o investidor retirar os recursos antes de 6 meses, a tributação será de 22,5% e a rentabilidade líquida do fundo será de 6,59% no ano ou 0,53% ao mês. Inferior a poupança.
Planejamento
No período de graduação estudei planejamento empresarial e um pouco de planejamento urbano. Uma das etapas é fazer a avaliação do planejado e corrigir os desvios. Como isso faz muito tempo, para dar uma ideia a avenida da nossa cidade ainda era arborizada, isso pode ter mudado. Mas lembro de um caso estudado sobre a linha de ônibus circular para viabilizar o transporte urbano e os desdobramentos em novas linhas posteriores. Falo isso porque para chegar a conclusão que Flores da Cunha necessita de transporte urbano não é necessário muito estudo. Basta ir a alguns bairros e fazer a seguinte pergunta: Como essa pessoa se desloca até o centro da cidade? O desafio é tornar o empreendimento viável economicamente. Já houve uma experiência anterior que mostrou que o excesso de roteiros não sustentavam as linhas criadas. Agora, se faz um novo estudo para chegar a mesma conclusão, e como é de praxe na gestão pública, desconsiderando o que foi feito anteriormente. Fazer consulta a população é um meio de se livrar da responsabilidade pela decisão. O usuário quer o melhor serviço ao menor custo, cabe ao gestor público encontrar a solução adequada.