Inadimplência
Levantamento do SPC Brasil e da CNDL mostra que quatro em cada dez brasileiros adultos estão negativados
Levantamento do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra crescimento da inadimplência. De forma simplificada, quatro em cada dez brasileiros adultos estão negativados, isso significa que o mês de julho encerrou com 63,27 milhões de pessoas com dívidas atrasadas. Os valores médios das dívidas são de R$ 3.638 e o maior número de endividados são as mulheres, com 50,84% de participação. A maior parte dos credores são os bancos, com 60% do total. O dado que mais assusta é o crescimento de 30,19% em relação ao ano anterior. O comércio é o segundo colocado, com 13,23% da fatia de inadimplência, e mostra um resultado surpreendente: a redução de 16,22% em relação ao ano anterior. A causa provável é a recessão que reduziu o consumo e as restrições impostas pelo varejo.
Estratégias
Os especialistas recomendam algumas estratégias para os devedores administrarem as dívidas acumuladas. Uma delas é denominada de “avalanche”, que consiste em listar todas as dívidas e ordenar da maior para a menor taxa de juros. O objetivo é pagar o mínimo de todas elas, e para aquelas que tiverem os juros mais altos, dedicar todos os recursos possíveis para a sua liquidação, pois os juros representam parte significativa do valor devido. Outra estratégia recomendada é denomina de “bola de neve”, o método é semelhante, consiste em listar as dívidas, porém a ordem é pelo valor, sendo a ordem do menor para o maior. O objetivo é pagar o mínimo de todas, mas dedicar esforço para liquidar aquela com o valor menor. Observar a redução da quantidade de dívidas servirá como motivação para continuar pagando as demais até atingir o equilíbrio financeiro.
Requisitos
Ambas as estratégias podem ser válidas e ajudar a resolver os problemas de acúmulo de dívidas. Mas, alguns requisitos são necessários, o primeiro deles é ter conhecimento detalhado das dívidas (juros, prazos, etc...); o segundo é saber exatamente os valores das fontes de renda. A partir daí, podem surgir outras alternativas além das citadas anteriormente, por exemplo, consolidar todos os débitos com um único banco fazendo uma negociação com melhores taxas e/ou novas condições de pagamento que se enquadrem no orçamento familiar.
Preço dos combustíveis
Alguns movimentos internacionais fizeram com que o preço do petróleo baixasse, voltando ao preço de antes da guerra da Ucrânia. Os principais eventos são a desaceleração da economia mundial e a volta do Irã ao mercado internacional. A redução nas projeções de crescimento da economia mundial, principalmente nos EUA e na China, reduziu a demanda por produtos, o que faz cair o preço da comodity. Outro efeito é a expectativa da maior oferta do produto com a indicação de que o Irã voltará a negociar o petróleo no mercado internacional. Dependendo do volume ofertado, pressionará ainda mais os preços para baixo, pois, de acordo com a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o Irã é dono da terceira maior reserva de petróleo do mundo, atrás apenas da Venezuela e Arábia Saudita. São notícias que permitem ter otimismo, pois os efeitos serão a redução dos preços dos combustíveis, como a gasolina e o diesel, e seus efeitos no restante da economia. O negócio é torcer.