Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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Inadimplência

Os problemas econômicos fatalmente irão bater no cidadão e se transformarão em problemas financeiros. Confira dados sobre a inadimplência

Os problemas econômicos fatalmente irão bater no cidadão e se transformarão em problemas financeiros. Mesmo com as tentativas de mostrar que “parou de piorar” ou “despiorou”, as pesquisas revelam que as pessoas continuam enfrentando problemas financeiros e a saída para uma espiral de crescimento está longe de se tornar realidade. Ainda estamos na espiral da desgraça, onde o poder aquisitivo diminui e, com isso, o consumo se torna mais restrito que, por sua vez, não ajuda a melhorar a economia e segue esse ciclo negativo. As informações colocadas a seguir foram obtidas de três entidades diferentes e mostram o que muitos dos brasileiros sentem no cotidiano. 

Endividados
Uma pesquisa da entidade de defesa do consumidor Proteste, mostra que 23% das pessoas afirmam estar “muito endividadas”. Em 2021 esse percentual era de 18%. 47% dos entrevistados afirmam estar “um pouco endividados”. Totalizando os “muito” e os “um pouco” endividados, temos 70% com dívidas. Do total, 36% têm, pelo menos, uma dívida em atraso. 92% dos consumidores com dívidas afirmam estar sendo cobrados pelos credores. 

Vilões
O cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelo endividamento. Em segundo lugar aparece o desemprego, como uma das principais justificativas para a situação financeira. Em terceiro vem o cheque especial. As principais dívidas em atraso são o telefone, a luz e a internet. Essa situação levou as pessoas a alterarem seus hábitos de consumo, seja mudando para marcas mais baratas ou adquirindo embalagens maiores para a redução do valor. 

Hábitos
A pesquisa de uma empresa de consultoria investigou quais os itens que os brasileiros deixaram de consumir por conta da inflação: 15% deixaram de comprar roupas, 29% deixaram de marcar consultas médias ou cancelaram planos de saúde, 19% cancelaram a TV por assinatura. 70% estão comprando produtos em embalagens maiores, 83% mudaram de marca em busca de preços mais baixos e 93% estão pesquisando mais os preços antes de consumir. 

Inadimplentes
A pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (CNC) aponta que a parcela de inadimplentes (aqueles que têm contas ou dívidas em atraso) chegou a 28,7% das famílias brasileiras, em maio. É a oitava alta consecutiva do indicador, que vem crescendo desde outubro. 10,8% das famílias afirmam que não terão como pagar as contas em atraso. O comprometimento médio da renda familiar com dívidas está em 30,4%. O tempo médio do atraso no pagamento de dívidas está em 61,7 dias. 
Essa é a realidade mostrada por diferentes estudos, mas, sempre terão aqueles que não acreditam em pesquisas, quando elas mostram a realidade.