Impostos
A inspiração para esta coluna veio de um comentário que algumas pessoas fizeram sobre empresários e pessoas reconhecidamente com grandes volumes de capital que,
A inspiração para esta coluna veio de um comentário que algumas pessoas fizeram sobre empresários e pessoas reconhecidamente com grandes volumes de capital que, mesmo com esta condição privilegiada, vão buscar remédios no posto de saúde de nossa cidade. Segundo os relatos, há de tudo: donas de casa que levam os bebês para se consultarem com o pediatra, mas quem carrega a criança é uma babá contratada. Há pessoas que vão de carro importado de alto luxo para buscar remédios para uso próprio e há empresário que, além de buscar os remédios, faz comentários dignos de um cérebro atrofiado, tal como: “Sou eu que pago imposto, não os pobres, então eu tenho mais direito do que eles”. Apesar da revolta de quem assiste este disparate, os funcionários públicos nada podem fazer.Esclarecendo
O motivo é esclarecer o empresário que acha que o imposto que ele está recolhendo está saindo da sua empresa. Não é verdade. Ele apenas presta um serviço ao governo. O imposto que ele recolhe foi cobrado do consumidor incluído no preço do produto. Como todos sabem este mesmo imposto muitas vezes não é recolhido, em vez disso, é usado para capitalizar as empresas. Deixando claro: o imposto que a empresa recolhe não é pago por ela – é pago pelo consumidor ou contribuinte e recolhido pela empresa. É simples, basta qualquer pessoa olhar na sua conta de luz ou telefone que abaixo do valor pago está o tributo que faz parte do pagamento. Assim, o empresário não tem mais direito que ninguém, ao contrário, ele está na mesma posição que os demais e devido a sua condição, se usasse um pouco a consciência, usaria os serviços públicos apenas de maneira inevitável. O único imposto que a empresa paga e que sai dos seus recursos são aqueles incidentes sobe os lucros. Mesmo assim, apesar da reclamação de alguns setores e do apoio da imprensa, não são superiores ao que é pago nos demais países.
Tributação internacional
Segundo estudo da empresa KPMG International, as empresas instaladas nos Emirados Árabes foram as que pagaram mais impostos em 2012: 55% dos rendimentos. Nos Estados Unidos o imposto sobre a renda é de 40%. No Japão, 38%. Na faixa logo abaixo em que são tributadas em 35% estão Angola, Argentina, Honduras, Malta, Paquistão, Sudão, Zâmbia e Saint Maarten. O Brasil vem depois, com 34,5% (somados Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro). Na faixa dos 34% estão países como Namíbia, Venezuela e Bélgica. França, Jamaica, Colômbia e Índia tributam os lucros das empresas em 33%.
Indiretos
O que pode ser acrescentado na análise são os impostos indiretos como os incidentes sobre o consumo que afetam todos os cidadãos e não somente os empresários. Sabemos que no Brasil eles são, em média, de 19%, Na Argentina e Espanha são 21%; na França é 19,6%; no Japão, 5%. Porém, não temos como comparar com os Estados Unidos, pois não disponibilizam estes dados.