Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Importância

É estranho. Como é dada pouca importância para determinados assuntos, principalmente quando é sabido que estes têm consequência no bolso do consumidor.

Importância
É estranho. Como é dada pouca importância para determinados assuntos, principalmente quando é sabido que estes têm consequência no bolso do consumidor. Um estudo mostrou que o custo do telefone celular no Brasil é um assalto. Realizado pela União Internacional de Telecomunicações, o levantamento mostra que pagamos a tarifa mais cara do planeta: é o dobro da paga pelos argentinos e 70 vezes mais (é isso mesmo) do que o custo da Coreia do Sul. Se o estudo comparar o poder aquisitivo, mesmo assim somos o quarto país com o celular mais caro do mundo. O Chile é sempre citado por alguns economistas como exemplo de política econômica, pois lá a tarifa é de US$ 0,14 por minuto, enquanto que no Brasil é de US$ 0,71. Na Rússia a tarifa é de US$ 0,09 e, na Índia, de US$ 0,02. Uma associação de operadoras deu algumas desculpas e jogou o problema para o culpado de sempre: a alta carga tributária. Quem acreditar nisso precisar tomar cuidado com o sanguanel.

Gastos
Eu, ingenuamente, esperava editoriais bradando contra esta exploração. Imaginava que os comentaristas econômicos das principais redes de televisão falariam indignados contra este roubo. Porém, só vi notícias nos jornais e sem nenhum destaque. Estranhei o silêncio geral. Qual a razão? Seria por que as empresas são os principais anunciantes? Ou será por que esse modelo de privatização foi apoiado pelas empresas de comunicação, tendo elas participados de muitas destas empresas e se favorecido por algum tempo? O assunto me parece ainda mais relevante quando a pesquisa aponta que o brasileiro gasta, em média, 6,7% da renda com o celular.
Mas parece que a indignação de quem tem a opinião publicada é seletiva. Não bastasse isso, aos poucos ficamos sabendo que a ética não é o ponto forte das operadoras. Depois de uma década de espoliação, aos poucos vamos recuperando os direitos comercializados a preço vil. Primeiro foram os créditos pré-pagos que deixavam de valer depois de algum tempo. Mais recentemente uma operadora foi multada por derrubar as ligações. Uma consumidora conseguiu provar que a empresa interrompia as comunicações para forçar novas ligações e assim fazer o cliente gastar mais. Aos poucos vamos melhorando.

O que é pior?
Está cada vez mais difícil escolher qual a maior imbecilidade: um político de um partido ligado ao trabalhismo e socialismo que faz parte da base governista federal criticar o Bolsa Família; ou uma iniciativa da cidade de São Paulo criando o ‘Dia do Ovo’; ou uma ex-apresentadora de televisão, acompanhada por um monte de descerebrados, invadir um laboratório e retirar os animais usados em pesquisas...