Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Igualdade

“Nunca teremos estabilidade se tivermos desigualdade.”

Igualdade
“Nunca teremos estabilidade se tivermos desigualdade.” Quem foi o comunista que disse isso? Por certo é um esquerdista defensor da dialética marxista. Talvez pior: pode ser um petista oculto entre nós. Calma. Quem fez essa afirmação foi Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil e o 19º do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. Ele foi além, com uma declaração arrepiante para aqueles que acreditam que as políticas sociais são coisas de esquerdistas: A redução da desigualdade deveria ser “o maior sonho para o Brasil”. Atrevido esse ricaço em fazer uma afirmação dessas. Será que ele não sabe que parte do país ainda está na idade das trevas e elogia torturadores? Corre riscos esse senhor, pois o fascismo está nas ruas e qualquer um que manifeste sua opinião corre sérios riscos de ser agredido. Mas o resto da notícia é esclarecedor. Ele estava na Universidade de Harward, em Cambridge, e mora na Suíça. Se morasse no Brasil não poderia frequentar um restaurante por alguns dias.

Ressurge
De repente, não mais que de repente, surge o senador ausente. De repente torna-se próximo o senador distante. Dele se sabia pouco ou nada. A última, salvo engano, foi colocar num cargo público suposta namorada. Eis que surge numa afirmação nada surpreendente: vou “impichar” a presidente. Mas como, autoridade? E a Constituição e seu rito. E a denúncia e coleta de provas, e o julgamento em busca da verdade? Apenas detalhes no terreno da subjetividade? O povo está na rua. Atenderei sua vontade. Não importa se é insana ou leviana. Vamos fazer jus à ‘república das bananas’. Sou uma estrela cadente. Aproveito e brilho agora. Passado o impulso apago novamente.

Estrangeiros
Afirmação do jornal inglês The Guardian: “É impossível marchar de forma convincente atrás de um banner de ‘contra a corrupção’ e ‘democracia’ quando simultaneamente se trabalha para instalar no poder algumas das figuras políticas mais corruptas e antipáticas do país. Palavras não podem descrever o surrealismo de assistir a votação no Congresso do pedido de impeachment para o Senado, enquanto um membro evidentemente corrupto após o outro se endereçava a Cunha, proclamando com uma expressão séria que votavam pela remoção de Dilma por causa da raiva que sentiam da corrupção”.

Omissão
Leitores me chamaram de omisso por não ter comentado as últimas leis municipais. Preferi ignorar. São leis inaplicáveis e sobrepostas a leis maiores. Fora da alçada de um vereador. O único efeito é gerar comentários nas redes sociais. Nada mais. Nesse ritmo ainda veremos alguém propor uma lei municipal multando os assaltantes de bancos ou proibindo o tráfico de drogas em praça pública.