Hora
Chegou a hora. É preciso escolher. Na cabine serão somente o eleitor, a urna e sua consciência. Serão apenas pequenos gestos de grande significado como uma declaração de igualdade.
Chegou a hora. É preciso escolher. Na cabine serão somente o eleitor, a urna e sua consciência. Serão apenas pequenos gestos de grande significado como uma declaração de igualdade. No momento do voto todos são iguais. Não conta o saldo bancário, o carro que possui nem o patrimônio declarado. Somente o voto. Não será considerado o nível de escolaridade, nem o conhecimento sobre anatomia, economia, astrologia, etc. Também não conta a faixa salarial. Somente a escolha. Neste momento é preciso pensar sobre o melhor, o mais indicado. O melhor para a cidade, para o nosso futuro. É hora de esquecer o pior. Esquecer o favor recebido, os litros de gasolina, os reais para portar adesivos, o cascalho prometido, o asfalto sonhado. Esquecer as ofensas, a agressividade, a tentativa de imposição de um nome sobre tudo e todos. A prevalência de uma ideia sem o debate necessário ou a devida reflexão. Com o voto podemos colocar as pessoas no lugar que queremos, alguns na história política e outros no esquecimento.Pensar
Não existe voto comprado. Existe eleitor vendido. Em alguns casos, iludido. É preciso pensar um pouco para poder deixar de lado as promessas que nunca serão cumpridas, como obras que não terão utilidade ou serviços que não têm demanda. É hora de serenidade e de escolha. A serenidade deve anteceder o momento e nos ajudará a fazer o melhor. Adversários não precisam ser inimigos. Política não precisa ter violência, nem agressão e muito menos ódio. Política precisa de ideias. E de muita paciência para a convivência entre diferenças. Passado o pleito voltaremos a ser todos moradores da mesma cidade, marinheiros do mesmo barco, e não será uma escolha que alterará isso.
Resultado
Passada a grande gincana denominada eleição, o nome que sair das urnas vai expressar a vontade da maioria. Aos demais caberá aceitar. Neste momento é bom lembrar as lições da política. O político mineiro Milton Campos, adversário de João Goulart e derrotado por este para o cargo de vice-presidente da República, quando jornalistas lhe perguntaram a que ele atribuía a sua derrota, sorriu e serenamente respondeu: “Ao maior número de votos obtidos pelo meu adversário, o senhor João Goulart”.
Silêncio
Quando o jornal for publicado estará proibida qualquer manifestação política. Por isso precisamos ter cuidado com o que dizemos ou escrevemos. Minha vontade seria dizer que ganhe o melhor, mas alguns podem interpretar que estou fazendo campanha para... Ou... Bem, deixa para lá! Boa eleição para todos.