Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Fórum sobre riscos

O segundo fórum sobre riscos, promovido pelo Banco Bradesco durante esta semana, tem se tornado um ambiente de reflexão e avaliação sobre os problemas financeiros recentes.

Fórum sobre riscos O segundo fórum sobre riscos, promovido pelo Banco Bradesco durante esta semana, tem se tornado um ambiente de reflexão e avaliação sobre os problemas financeiros recentes. De acordo com o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani os Estados Unidos já se recuperam do tombo, no entanto, a recuperação não será fácil, na realidade, será repleta de altos e baixos. Ainda de acordo com ele, um problema terá de ser enfrentado ao fim da crise: a inflação. "Particularmente nos Estados Unidos, o governo nunca havia gastado tanto". Na ocasião, Giuliani criticou o fato de o governo ter injetado tanto dinheiro nos bancos sem, entretanto, ter resolvido o problema dos mesmos, que tem origem nos ativos tóxicos. Quando tudo começou "A não avaliação dos riscos foi o principal causador da crise financeira que começou nos EUA e se estendeu pelo mundo inteiro". A afirmação foi feita pelo ex-prefeito de Nova York e empresário do ramo de seguros, Rudolph Giuliani, durante o II Fórum de Riscos realizado em São Paulo. A crise começou com o sonho americano de casa para todos. "Ninguém avaliou os riscos de tudo o que estava acontecendo na economia mundial e isso poderia ter feito toda a diferença, poderia ter evitado a crise. Todos acreditaram que era um ótimo momento, que tudo estava indo muito bem, e ninguém se preocupou em avaliar se as atitudes que estavam sendo adotadas, baseadas apenas nesse bom momento, poderiam oferecer um risco futuro", afirmou. No Brasil Para o administrador Stephen Kanitz - que se apresentou no mesmo evento - a crise no Brasil só foi menos intensa porque a política adotada pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi a de cautela, de avaliação de risco, mesmo nos momentos de maior prosperidade econômica. "Gosto de dizer que o Meirelles não pensa como um economista. Os economistas acham que tudo é racional, que tudo pode ser previsto, que os riscos futuros são previsíveis. Quantos afirmaram, no início da crise: o dólar não passará de R$ 1,80, certeza, pode fazer o derivativo que não passa. E passou, não é mesmo?", questionou Kanitz. América Latina Em uma apresentação sobre as projeções econômicas para 2009, o economista-chefe do Banco Mundial, Augusto de la Torre, ressaltou que a economia latino-americana irá se recuperar da crise antes dos países desenvolvidos, em linha com as previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional). Segundo de la Torre, as medidas econômicas aplicadas na região culminaram em fundamentos concretos aos países, que sofreram menos com a crise econômica global em relação ao resto do mundo. Contudo, explica, o bloco não conseguiu prevenir os impactos negativos vindos dos canais de financiamento, da queda do preço das commodities, das transferências de recursos e da demanda externa, o que implicou revisão das perspectivas para o PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina. Agora, o Banco Mundial estima uma queda modesta para o PIB da região em decorrência dos impactos diretos da crise. Vale lembrar que as previsões para os países desenvolvidos são de forte retração.