Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Formas de ir a falência

O site americano investopedia.com fez um levantamento muito interessante sobre as formas mais comuns das pessoas físicas irem ao encontro da sua falência financeira.

O site americano investopedia.com fez um levantamento muito interessante sobre as formas mais comuns das pessoas físicas irem ao encontro da sua falência financeira. A regra geral é gastar mais do que se ganha. Até aí é uma recomendação óbvia que se encontra em qualquer publicação de auto-ajuda. A diferença nesta reportagem é que, apesar da visão americana, são listadas formas que levam as pessoas a gastarem de forma a terem problemas de liquidez.

Cartões de crédito

Uma das principais causas de endividamento dos consumidores é ter mais de um cartão de crédito e as facilidades decorrentes deles, tais como, prazo para pagamento, possibilidade de pagamento parcelado sem juros, descontos na compra de ingressos de espetáculos, prêmios em cada compra, como pontos e milhas aéreas, entre outros. Essas facilidades levam as pessoas a comprar bens ou serviços que não o fariam se tivessem apenas um cartão, ou se tivessem que pagar em dinheiro. Além disso, o recebimento de várias faturas pode dar a falsa sensação de que se gasta pouco, ou então, atrapalhar o controle dos gastos.

Dívidas com dívidas
Após o aumento das dívidas decorrentes de vários cartões, uma das saídas encontradas devido à facilidade, é usar o crédito rotativo do cartão de crédito, ou então, o cheque especial para evitar a inadimplência. Essa é a forma mais fácil, mas a de maior custo. Se o volume de dívidas chegou neste ponto, não serão estes recursos que se tornarão a solução. Por trás disso está à ilusão do tempo, ou seja, a rolagem da dívida com mais dívidas a um custo maior. A solução nestes casos é refinanciar as dívidas com juros menores.

Casa e carro
Comprar uma casa grande demais implica assumir gastos com manutenção e impostos em valores maiores. No caso brasileiro há também a armadilha do carro com financiamento barato, que também traz consigo os encargos de impostos, seguros, manutenção, etc... e que consomem boa parte dos recursos. Além dos encargos, há formas de amortização dos financiamentos em que as parcelas aumentam com o passar do tempo, isso leva muitas pessoas ao descontrole do seu orçamento e a perderem parte do dinheiro desembolsado.

Diversificar

Diversificar os investimentos. Um conselho muito antigo e muitas vezes desprezado o de “não colocar todos os ovos num único cesto”. Investir os recursos em um único empreendimento pode ser um mau negócio. Os imóveis têm pouca rentabilidade, pouca liquidez e poucos riscos. Por outro lado a bolsa tem grande liquidez, possibilidades de grandes ganhos, e muitos riscos. Fundos e outros investimentos de renda fixa têm alguns riscos, boa liquidez e poucos ganhos. Saber equilibrar essas variáveis evitará dores de cabeça no futuro. Porém, para investir é necessário gastar menos do que se ganha, pois os recursos não brotam do chão. Continuo em breve com as outras formas de falência.