O Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) informaram que o objetivo de milhões de pessoas de sair da miséria antes de 2015 não poderá ser alcançado em função da atual crise econômica internacional.

Fome no mundo O Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) informaram que o objetivo de milhões de pessoas de sair da miséria antes de 2015 não poderá ser alcançado em função da atual crise econômica internacional. "A perspectiva de cumprir com os Objetivos do Milênio (OM) antes de 2015, que já havia sido colocada em dúvida, parece ainda mais distante", assinalaram os dois organismos multilaterais em conclusões divulgadas em seu 'Informe de Monitoração Mundial'. Os oito Objetivos do Milênio, com os quais a comunidade mundial havia se comprometido durante a cúpula da ONU em Nova York, em 2000, estão ligados, direta ou indiretamente, à redução da pobreza no mundo. O cumprimento do objetivo de reduzir à metade (antes de 2015) a proporção dos que vivem abaixo do limite da pobreza e das pessoas que sofrem fome se viu afetada pelas atuais tendências econômicas. Um número que só aumenta Antes da explosão da crise alimentar em 2007 (com o aumento do preço das matérias-primas agrícolas) havia cerca de 850 milhões de pessoas que sofriam de fome de maneira crônica. "Esse número subiu para 960 milhões em 2008 e vai pular para mais de um bilhão em 2009", segundo o Bird e o FMI. "Um crescimento econômico forte dos países em desenvolvimento durante esta década havia feito os Objetivos do Milênio acessíveis a nível mundial, mas o triplo choque das crises alimentar, petroleira e financeira criou novos riscos", concluem os autores do estudo. Estrangeiros voltando O mês de Abril registra o retorno dos investimentos estangeiros na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa), conforme dados divulgados, até a semana passada o saldo está positivo em 3,7 bilhões de reais, o que representa o maior nível no período de um ano. Acumulado este ano, o saldo é de 5 bilhões de investimentos. Esse fluxo pode explicar a alta do índice Ibovespa e o manutenção da cotação do dólar em torno de R$ 2,20 e mostra, ainda, uma retomada da confiança. Dividendos no lugar de juros Com a perspectiva de que a taxa básica de juros caia, ainda este ano, para um dígito - o mercado projeta a Selic entre 9,25% e 9,5% ao final de 2009 -, e, com isso, investimentos em renda fixa percam sua atratividade, analistas acreditam que a migração dos recursos para ações consideradas boas pagadoras de dividendos seja uma boa alternativa. Mesmo que o cenário não seja o mais propício, o que implica em ter que correr riscos com a volatilidade dos preços, muitos investidores começam a olhar as empresas que pagam bons dividendos como uma alternativa de investimentos de longo prazo .