Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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Expectativas do mercado

O ultimo levantamento realizado pelo Banco Central foi divulgado no dia 25 de fevereiro em função do feriado de carnaval, como são projeções dos principais agentes financeiros do país, são consideradas profecias auto-realizaveis.

Expectativas do mercado O ultimo levantamento realizado pelo Banco Central foi divulgado no dia 25 de fevereiro em função do feriado de carnaval, como são projeções dos principais agentes financeiros do país, são consideradas profecias auto-realizaveis. O mercado financeiro melhorou a previsão para o cenário inflacionário e também para a perspectiva de juros. Entretanto, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pode ser minado pelo desempenho de outras economias. A constatação faz parte do Boletim Focus, sondagem realizada pelo Banco Central (BC) em 20 de fevereiro. Diante da desaceleração da atividade doméstica e de uma inflação comportada, os analistas acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem condições para reduzir a taxa básica de juros (Selic) para 10,38% ao final deste ano - 0,12 ponto percentual (p.p) inferior ao registrado na semana anterior. Atualmente, a Selic está fixada em 12,75% ao ano (a.a). Inflação dólar e pib A perspectiva para inflação também caiu, de 4,69% para 4,66%, influenciada pela expectativa de que preços administrados possam recuar, em especial os dos combustíveis. Além disso, contribui para este quadro a desaceleração do consumo e o corte de impostos para estimular a demanda. Por outro lado, as estimativas quanto ao PIB continuam desanimadoras. Os analistas mantém perspectiva de crescimento de 1,5% para a economia brasileira - a mesma estimativa da semana anterior. Para 2010, a previsão também permanece igual em relação à sondagem anterior de 3,6%. No câmbio, a expectativa é que a moeda norte-americana continue valorizada frente ao real. Pela sexta semana consecutiva, os profissionais consultados mantiveram a projeção do dólar a R$ 2,30 ao final deste ano. Para o ano que vem, a aposta é que a moeda norte-americana termine cotada a R$ 2,27. Volume de vendas Quem esperava noticias ruins, os primeiros indicadores sobre o desempenho econômico são animadores. De acordo com a Abras Associação Brasileira de Supermercados as vendas reais dos supermercados brasileiros cresceram 8,98% em comparação com o ano de 2007. Os dados foram deflacionado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo). Se forem comparados os valores nominais o crescimento foi de 15,18%. Somente no mês de dezembro o aumento das vendas em valores nominais foi de 12,33% sobre o ano anterior, deflacionados isso representa um aumento real de 6,07%. Pequeno varejo O pequeno varejo também mostra números positivos, segundo pesquisa divulgada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). O setor fechou 2008 com 10,8% de aumento nas vendas. O último mês do ano apontou alta de 15,2%, descontados os efeitos da inflação. A alta de 2008 deve-se, principalmente, aos setores de Materiais de Construção, que apresentou alta de 29,9% e Móveis e Decoração, com crescimento de 9,4% nas vendas do ano passado. Na outra ponta, Autopeças e Acessórios foi o principal setor que puxou as vendas para baixo, pois registrou queda de 14,2% no ano passado. O pequeno varejo parece "ainda não ter recebido as pressões dessa nova fase de retração mundial", acredita o economista da Fecomercio, Fábio Pina. Ele explica que, em 2008, o faturamento das empresas não captou os efeitos da crise. Além disso, os consumidores fecharam o ano passado com mais renda e mais emprego que em 2007.