Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Escândalos

O escândalo do momento, ao menos para a grande imprensa, é o da Petrobras. Por tudo o que ela representa em relação à economia, evolução tecnológica e outros aspectos.

Falta gente
Leio na ultima edição do O Florense que os moradores do Centro iriam fazer reivindicações ao poder público sobre os problemas que ocorrem naquela região. Entre os muitos convocados faltaram os principais responsáveis pela situação: os legisladores. Em maio de 2007 escrevi uma coluna intitulada ‘Voto pelo silêncio’, na qual comentei a aprovação da lei sobre ‘publicidade alternativa’ e os gastos públicos com aparelhos para medir o volume dos carros de som. Onde estão os aparelhos? Onde está a fiscalização? Mais uma lei inútil e um gasto desnecessário. Tudo com o intuito de ficar de bem com todos. Carros com som alto para fazer anúncio é do tempo das carruagens quando não existiam outros meios de fazer publicidade. Hoje temos em nossa cidade várias rádios, jornal e agências de publicidade que sabem segmentar o mercado e aplicar os mecanismos adequados. Invadir a privacidade das pessoas com anúncios a todo volume não é publicidade, nunca será. Permitir carros com som alto leva aos abusos que ocorrem na área central. O som alto origina aglomeração de pessoas, que bebem e sujam o Centro. Uma coisa leva a outra. Assim como leis inaplicáveis se tornam ineficientes e desembocam em abusos e incômodos de toda ordem. Novamente, voto pelo silêncio. Se os fazedores de lei não sabem como fazer sugiro que copiem de outras cidades, onde ficar ouvindo música e bebendo em determinados locais é proibido. E nem é preciso ir muito longe. O que não podemos permitir são os velhos remendos ou o medo de governar.
Escândalos
O escândalo do momento, ao menos para a grande imprensa, é o da Petrobras. Por tudo o que ela representa em relação à economia, evolução tecnológica e outros aspectos. Aguardava o final das investigações para não ficar no lugar comum de que lugar de corrupto é na cadeia. O que é verdade. Pensava em comentar em termos de gestão corporativa. Afinal, uma empresa desse porte tem auditoria interna, comitês e, principalmente, auditoria externa. Todos esses mecanismos foram suplantados por interesses políticos? Outro ponto curioso é que dos 22 deputados denunciados até o momento, o maior número (18) é de um partido que representa a extrema direita. Desses, somente dois se elegeram com votos próprios, os demais foram ‘carregados’.
Enquanto

Enquanto espero, novos escândalos surgem. Um deles denominado de Swissleaks, onde constam 5.500 brasileiros com US$ 7 bilhões na Suíça. Muita gente boa com vontade de comprar chocolate. O segundo é a apuração na Receita Federal onde, até o momento, estão comprovados R$ 5 bilhões sonegados e mais R$ 14 bilhões em investigações. O primeiro conta com o silêncio da grande imprensa e, o segundo, além do silêncio, tem o apoio de um partido para que não se instale uma CPI. Desses fatos podemos aprender algumas lições: a primeira é que conforme se permite investigar as coisas vão aparecendo; a segunda é que podemos identificar os ‘indignados seletivos’, aqueles que algumas vezes fazem discursos inflamados, em outras, optam pelo silêncio, ou então dizem “não podemos nos precipitar”, “precisamos investigar”, “não é bem assim”, etc.