Estudo realizado pela CNC denominada de PEIC traça o perfil do consumidor brasileiro endividado.

Estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) denominada de PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) traça o perfil do consumidor brasileiro endividado. No mês de julho o campeão de financiamento para o consumidor sem juízo foi o cartão de crédito. Conforme o levantamento, 70,4% tem dívida com as operadoras do cartão de plástico. Efeito mais ou menos esperado num universo de 130 milhões de cartões que realizaram 5 bilhões de operações no ano de 2009. Isso explica o lucro crescente das operadoras, em média 25% ao ano. Na segunda posição vem o carnê com 21,5%, seguido de perto pelo financiamento dos automóveis, com 11,2%.

Menos cheques
Essa mudança de perfil traz algumas boas notícias. Entre elas a queda da inadimplência com cheques. De acordo com a Serasa o número de cheques sem fundos caiu 1,87% entre janeiro e junho deste ano. Esse resultado se deve principalmente a redução do uso do cheque pré-datado como forma de financiamento. Considerando que a inadimplência está em ritmo ascendente, isso demonstra claramente que mudou a preferência do consumidor pelas linhas de financiamento, a dúvida é se isso ocorreu devido a redução do custo de rolagem da dívida, ou apenas pela comodidade do cartão. Aparentemente é pela comodidade. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média de juros mais extorsiva continua sendo a dos cartões de crédito, com média mensal de 10%, o que equivale a 214% ao ano.

Mais um empréstimo
Mesmo não tendo cumprido todas as exigências do Banco Mundial relacionadas aos gastos previdenciários e a reestruturação de carreiras, o estado do Rio Grande do Sul receberá a segunda parcela no valor de 450 milhões de dólares de um empréstimo total de 1,1 bilhão. A notícia é boa. Com isso, o Estado reestruturará a sua dívida com o governo federal e deverá economizar nos gastos com juros. Com isso, há a expectativa que restem mais recursos para investimentos. É de se esperar, quem sabe teremos o nosso trevo até as eleições.

Esgoto e economia
Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas mostra os efeitos econômicos da falta de estrutura de saneamento e os custos decorrentes disso. O cálculo estimado é de uma economia de 645 milhões de reais por ano somente com internações. O estudo aponta um aumento de 13,3% na produtividade do trabalhador com acesso a rede de esgoto. De acordo com o levantamento realizado nas capitais, Porto Alegre está entre os primeiros lugares no acesso a rede de esgoto, mas fica nos últimos quando se trata de esgoto tratado. Em nossa cidade irá começar um projeto de tratamento de esgoto e a conta, para variar, irá para o consumidor, com o reajuste de até 48% da tarifa da água.