Efeito dos juros
Estudo inédito feito por economistas da PUC- RJ mostra o efeito das taxas de juros...
Estudo inédito feito por economistas da PUC- RJ mostra o efeito das taxas de juros no desempenho das grandes instituições financeiras. O levantamento mostra que aumentos inesperados na taxa básica Selic resultaram em queda no volume de novos empréstimos e na elevação dos juros cobrados nas operações concedidas. De acordo com o estudo, o aumento de um ponto percentual provoca queda imediata de 1,24 milhões de reais no valor médio diário de novos empréstimos. E o repasse da elevação chega ao tomador com um aumento de 2,13 pontos percentuais na taxa.Câmbio
Fica difícil entender, principalmente para quem estava habituado a exportar com a cobertura cambial favorecida. Mas, o que tem ocorrido com frequência é que as boas notícias no ambiente externo se tornam más notícias para quem espera um aumento na cotação do dólar. O inicio de setembro é emblemático: a economia chinesa voltou a crescer, nos estados unidos foram criados novos empregos, o PIB da Austrália cresceu. Acrescente-se a isso, a decisão interna de manutenção da taxa Selic, e o clima de euforia tomou conta das bolsas. Por outro lado o dólar furou um “piso” importante de R$ 1,75 e ensaia, mais uma vez, bater em R$ 1,70 o que não acontecia desde 2009. Isso obriga as empresas a decidirem entre a manutenção dos mercados e alterações estratégicas para a sobrevivência. E o cenário não oferece perspectivas de curto prazo se for considerado o apetite dos investidores externos.
Investimentos
Pesquisa realizada pela ONU (Organizações das Nações Unidas) com 236 empresas multinacionais e 116 agencias de investimentos coloca o Brasil como terceiro lugar no destino de seus investimentos, atrás apenas de Europa e Estados Unidos. Pela primeira vez em dez anos nove dos primeiros 15 países com investimentos projetados estão em países emergentes. Os investimentos projetados são de 2 trilhões de dólares para o ano de 2012. A má notícia é que metade do valor se destina a fusões e aquisições. O grande interesse das empresas é no setor primário e em commodities.
Desafio
Entre os vários problemas que o próximo Presidente do Brasil terá que resolver está a reforma tributária. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil tem uma das piores estruturas tributárias do mundo. São pelo menos quinze anos de debate, no legislativo como sempre, e ainda não se chegou a um consenso. Há pelo menos duas propostas no Congresso, a PEC 175/95, que criava entre outras coisas o Imposto sobre o Valor Agregado, o IVA. E a PEC 474/01 criando o impostos único, aprovada na comissão de reforma tributária em 2002. Este será o verdadeiro desafio: destravar os assuntos urgentes.