Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Dinheiro virtual

Muitas vezes não notamos, mas estamos cada vez mais fazendo transações sem o uso do dinheiro em sua forma física.

Muitas vezes não notamos, mas estamos cada vez mais fazendo transações sem o uso do dinheiro em sua forma física. O consumidor vai ao supermercado, faz as compras e paga com cartão de crédito. No dia do vencimento, a fatura é debitada automaticamente na sua conta. Esta mesma conta recebeu o seu salário. Neste simples exemplo temos três transações e nenhuma cédula circulando. A tendência é de que se utilizem cada vez mais meios eletrônicos de pagamento e o número de cédulas diminua de circulação. Conforme as autoridades, o Brasil possui o equivalente a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) circulando em moedas. Uma das taxas mais baixas do mundo, equivalente a países desenvolvidos como França, Alemanha e Holanda. Em breve será possível pagar as compras utilizando o telefone móvel. Já existem testes sendo realizados e de acordo com os dados preliminares, o sistema é eficiente.
Migração
As economias estão migrando do uso do papel moeda e até mesmo cheques para a moeda eletrônica. Várias razões levam a isso: maior segurança contra assaltos, menor probabilidade de falsificações, entre outras. Mas os grandes beneficiários são os intermediários financeiros devido ao menor custo de transação. O uso de meio eletrônico reduz em dois terços o custo de uma transação equivalente com o uso de papel moeda, o que justifica o grande investimento em tecnologia e a disseminação de pontos eletrônicos da rede bancária. De acordo com dados do Banco Central no período de 2005 a 2009 o uso de cheques no varejo caiu 49%, enquanto o uso de cartões de débito e crédito aumentou em 37%.
Evolução
Contribuiu para essa evolução a implantação em 2002 do SPB (sistema de pagamentos brasileiro) que fez do Brasil o país com a melhor e a mais eficiente estrutura de transferência de crédito do mundo. Hoje os usuários falam de TEDs (transferência eletrônica disponível) e DOCs (documentos de crédito) com a maior naturalidade, poucos lembram que até algum tempo atrás uma transferência de recursos para outro estado era extremamente cara e demorada. Na esteira destes investimentos cresce o uso dos cartões, também denominados de “dinheiro de plástico”. Dados de 2010 mostram que o país registrava 226 milhões de cartões de débito (crescimento de 80% em sete anos) e 175 milhões de cartões de crédito (aumento de 298% em sete anos).
Justificativa
Tenho sido questionado porque não me manifesto sobre assuntos da nossa cidade. Fui censurado? O passarinho foi abatido? Nada disso. Calma, vamos dar um tempo aos novos gestores e aos legisladores para se ambientarem. Alguns ainda não conhecem os seus subordinados e seus assessores. Então, vamos aguardar um pouco.