Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Dinheiro de plástico

Dinheiro de plástico
Pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), divulgada nesta semana, mostra que 80% dos brasileiros têm algum meio eletrônico de pagamento. Isso inclui cartões de crédito, débito e lojas. Entre as pessoas das classes A e B a posse de cartões é de 90%. A classe C aponta 70% e as classes D e E com 42%. O estudo mostra também que o meio eletrônico já responde por metade do volume financeiro gasto pelo brasileiro. Isso mostra que as demais formas de pagamento como dinheiro, cheque, boleto bancário e carnê perderam espaço. O uso do dinheiro teve o maior recuo, caindo de 43% para 37%. Por outro lado o uso de cartões de débito foi o que mais cresceu avançando de 19% para 23%. Outro dado curioso da pesquisa mostra que quanto maior o valor da compra maior o uso de cartão de crédito e quanto menor o valor maior o uso de dinheiro ou cartão de débito.

Inadimplência
Mesmo com a alta dos juros as últimas pesquisas mostram que o brasileiro continua pagando as contas em dia. Conforme o Banco Central a taxa de inadimplência permanece em 7%, um dos menores patamares desde julho de 2011, quando foi de 6,89%. Alguns setores criticam a metodologia usada que considera inadimplente os atrasos de pagamento superiores a 90 dias. O índice de inadimplência para as empresas foi de 3,4% para o mês de setembro, mesmo percentual de agosto. A metodologia foi alterada no início do ano, portanto, ainda não é possível fazer uma avaliação sobre o indicador.

Inovação

Empresa americana divulgou um estudo que mostra um cenário preocupante para o Brasil. Enquanto o mundo aumenta os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, atingindo um total de US$ 638 bilhões, no Brasil ocorreu um recuo de 18,3%, passando de US$ 3,7 bilhões para US$ 3 bilhões. Dinheiro gasto em inovações é de alto risco, mas permite que as empresas participem de mercados mais competitivos e de maior valor agregado. É só olhar as grandes empresas do mundo que surgiram nos últimos anos. Uma das razões para essa queda pode estar na inovação ‘obrigatória’ ou ‘reagente’, onde as empresas reagem em resposta a uma exigência do mercado ou entrada de um novo concorrente. As crises que afetaram as economias desenvolvidas fizeram com que as empresas investissem em busca de competitividade, por outro lado, o Brasil não teve fortes efeitos o que pode ter gerado um pouco de acomodação.

Passarinho
O passarinho tem andado quieto. Como tenho viajado muito e trabalhado muito, fiz poucos contatos, mas recebi uma curta mensagem por meio de um intermediário: “Funcionário público orienta construtores como devem proceder para não pagar alguns tributos”. Faltam detalhes. Qual a origem do funcionário e do tributo? Municipal, estadual ou federal? Solicitarei ajuda dos perdigueiros.