Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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Crise financeira ano 1

Um ano depois da maior crise financeira dos tempos modernos, o mundo ainda não tem um plano eficiente para evitar que os fatos se repitam.

Crise financeira ano 1 Um ano depois da maior crise financeira dos tempos modernos, o mundo ainda não tem um plano eficiente para evitar que os fatos se repitam. O primeiro gesto veio da União Europeia que mostrou nesta quarta-feira seu plano amplo de regulação de bancos e mercados financeiros para evitar a repetição da crise econômica global. O plano é criar um super-regulador bancário, com poder para supervisionar países como a Inglaterra, e um órgão pan-europeu que alertaria sobre sinais embrionários de uma crise. Proteger o contribuinte Segundo as autoridades o objetivo é proteger os contribuintes europeus de acontecimentos semelhantes ao ocorridos, em que o governo despejou bilhões de dólares e não podia orientar, porque também não sabia o que estava acontecendo. Fato que ficou conhecido como dias escuros para o mercado financeiro. As novas leis também incluem a criação de um supervisor para seguradoras e mercados. O plano, que foi aprovado por líderes da UE no começo deste ano, pode causar atritos entre o novo órgão e autoridades monetárias já constituídas. Principalmente em países com mercados financeiros mais avançados como a Inglaterra. Vergonha explícita No dia 21 de agosto o governo do estado garantiu que o “trevo da vergonha” seria construído, apesar das confusões envolvendo a devolução dos pedágios. Apenas um mês depois, provavelmente em comemoração ao espírito farroupilha, o governo do estado relembra as famosas decisões imperiais. Eis que o novo jeito de fazer consiste em prometer uma coisa, mas enviar uma proposta de orçamento em que não constam as verbas para a referida obra. Nem Kafka imaginaria uma história tão absurda. Podemos tirar algumas conclusões do episódio, mas nenhuma delas é boa. A primeira, é que se trata de maldade das autoridades com a nossa região, dizem uma coisa e fazem outra, o que é condenável para pessoas que representam o estado. A segunda, é que não existe má vontade, apenas incompetência. Dessa forma, perdemos todos novamente. Poucas coisas são mais perigosas que um incompetente motivado. Estamos todos cercados de exemplos disso. Seja na esfera privada ou particular. Quem da base do governo conseguirá explicar isso? Despreso explícito Mais uma vez fica explícito o desprezo do governo com a região da Serra. Novamente somos bisonhamente esbofeteados pelo poder central e ficamos sem reação. Será que a segurança no trânsito é algo desprezível? Será que a preservação de vidas é algo sem importância para as estatísticas econômicas? Ou então, os desinformados do Piratini devem pensar que nessa estrada há pouco movimento e consequentemente pouca geração de riqueza. Outra causa possível para tamanha desconsideração devem ser as associações atuantes que temos em nossa região, e o governo não gosta de ser contrariado. Podemos não saber das exatas razões, mas de uma coisa temos certeza: eles nos desprezam.