Num programa de rádio semanal, o Presidente pediu...

Num programa de rádio semanal, o Presidente pediu aos brasileiros que não tivessem “medo de consumir com responsabilidade” e que se tivessem dividas, procurassem antes “equilibrar seu orçamento”. Um conselho sensato, porém, o site de um grande jornal distorceu as palavras e anunciou na sua manchete: “Agora ele pede responsabilidade na hora de gastar”. Um anúncio com uma dose de rancor. De qualquer forma o que o Presidente pede é difícil, pois é uma decisão entre o desejo de possuir e a possibilidade de passar um longo tempo pagando por isso. Quanto as pessoas estão dispostas a pagar pelo consumo antecipado? Os nossos juros são proclamados como os mais altos do mundo, o que é verdade, e mesmo assim o crédito continua sendo a alavanca do consumo. Um teorema difícil de explicar. De qualquer forma o ano deve terminar com uma expansão no crédito ao consumidor da ordem de 20%, ou seja, quase três vezes mais que o PIB (Produto Interno Bruto).
Projeções
O PIB (Produto Interno Bruto) deverá encerrar o ano com crescimento de 7,3%, um ritmo comparado ao da China. É possível manter esse ritmo no próximo ano? A resposta é não. Para isso já existem diversos indicadores que podem ser resumidos nas projeções oficiais do Banco Central. Para o próximo ano os técnicos estão prevendo um crescimento de 4,5%. O volume de crédito deverá crescer 15%, ou 5 pontos percentuais a menos que este ano. Portanto, a retração econômica já está sendo projetada, as empresas mais atentas já estão ajustando sua programação.
Inflação
Quando uma categoria tem o poder de decidir sobre o próprio salário, as distorções são inevitáveis, é isso o que se pode dizer do aumento autoconcedido pelos deputados. A desfaçatez começa no nível federal, aos poucos, vai descendo e se espalhando pelos estados e, como é de se esperar, fatalmente chegará aos municípios. É compreensível que eles tenham ficado 4 anos sem reajustes e para isso é necessário uma reposição, mas a dose foi exagerada. Como disse um “economista de boteco”: “a inflação deles é diferente do povão”.
Boas festas
Que o amor possa florescer em todos os cantos deste mundo. Que nós possamos desfrutar da bondade divina, e que sejamos sempre dignos do amor de Cristo. Façamos nossa parte na busca pela felicidade. Agradeço a todos que me honram com a leitura desta coluna, principalmente aqueles que se manifestam sobre os assuntos aqui abordados, concordando ou discordando, não importa. O debate é importante. Espero que no próximo ano possamos estar novamente juntos na troca de ideias. Um Feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos.