Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

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China se impõe

Nesta semana, o presidente chinês afastou a possibilidade de valorizar a moeda da China conforme pressão exercida pelo restante do mundo tendo Estados Unidos a frente.

Nesta semana, o presidente chinês afastou a possibilidade de valorizar a moeda da China conforme pressão exercida pelo restante do mundo tendo Estados Unidos a frente. Segundo a autoridade, ela ocorrerá de acordo com os interesses domésticos - na medida das "necessidades do desenvolvimento social e econômico da China". Mas não vai deixar de considerar "o contexto da situação econômica mundial, seu desenvolvimento e mudanças". O Presidente Americano defendeu uma "taxa de câmbio orientada mais para o mercado". O presidente Chinês retrucou: a China compraria mais dos EUA sem tantos controles sobre as exportações de alguns bens tecnológicos. Mesmo mantendo a cotação do Yuan, há certo consenso entre os analistas de que a China deverá flexibilizar a cotação da moeda para se adequar as demais cotações.

Menor inadimplência
O bom momento da economia brasileira fez com que o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrasse queda de 6,7% entre janeiro e março de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. Este recuo é o maior já registrado no primeiro trimestre desde a criação do indicador, em 2000. Segundo os economistas da Serasa, a variação se deve à boa conjuntura econômica de 2010, com mercado aquecido, geração de empregos e evolução na renda, fatores que contribuem para a queda na inadimplência. No primeiro trimestre de 2009, período de comparação, o Brasil vivia o auge da crise econômica mundial. Na análise mensal, comparando março com fevereiro de 2010, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor mostra um aumento de 13,9%. A alta deve-se a uma sazonalidade de aumento da inadimplência em março, devido ao encerramento do prazo de pagamento para algumas despesas típicas de início de ano, como IPVA e gastos com escola. Além disso, neste ano, março teve cinco dias úteis a mais do que fevereiro e, ainda, a alta dos preços dos alimentos reduziu os recursos disponíveis do consumidor para honrar suas dívidas.

Aumenta a dívida com cheques

De acordo com a Serasa, no primeiro trimestre de 2010, o valor médio das dívidas com cheques subiu 43,7%, atingindo o patamar de R$ 1.191,26 e superando o valor médio das dívidas com títulos protestados que, mesmo com a alta de 10,7% registrada na comparação anual entre os trimestres, ficou em R$ 1.147,20.

Necessidade de investimentos
Segundo o ex-presidente do Banco Central, para manter o ritmo de crescimento, o Brasil precisa de 100 bilhões a mais de investimentos anuais. Sem isso começaram a surgir gargalos na produção e criarão pressões inflacionárias. A dúvida é de onde podem vir esses recursos.