Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Carta ao senhor Pedro

Carta ao senhor Pedro Caro Sr. Pedro Vilmar de Oliveira: Fiquei sabendo através do jornal que o senhor será o novo diretor de trânsito. Parabéns. Acredito que nunca conversamos pessoalmente, acho que sequer fomos apresentados. Mesmo assim, gostaria de colocar algumas questões para lhe ajudar na gestão do trânsito em nossa cidade.

Carta ao senhor Pedro
Caro Sr. Pedro Vilmar de Oliveira:
Fiquei sabendo através do jornal que o senhor será o novo diretor de trânsito. Parabéns. Acredito que nunca conversamos pessoalmente, acho que sequer fomos apresentados. Mesmo assim, gostaria de colocar algumas questões para lhe ajudar na gestão do trânsito em nossa cidade. A mobilidade urbana é fonte de interesse da comunidade, o que inclui a prestação de serviços de táxi e ônibus concedidos pela prefeitura. Tentei obter algumas informações com seu antecessor e, apesar da amizade pessoal, nada consegui. Se o senhor procurar vai encontrar no fundo de alguma gaveta, ou abandonadas sob uma pilha de papéis as questões que enviei cinco meses atrás, mais precisamente em 6 de maio. Apesar de ter enviado cópia para a secretaria de planejamento, só obtive silêncio. Talvez eu tenha enviado para o lugar errado, ou a mensagem não chegou. O senhor sabe como são essas coisas de internet. Por isso, publico neste espaço algumas informações que os usuários de transporte público gostariam de saber, dessa forma tenho certeza que chegarão ao senhor:

Questões:
1 - De acordo com a constituição, a permissão ou concessão de prestação de serviços públicos deve ser feita através de licitação pública. Com base nisso pergunto:
– Quando foi feita a ultima licitação de serviços de táxis?
– Quando é feita uma licitação de serviços públicos, são estabelecidas normas de funcionamento. Quais são as normas, mais precisamente no que se refere aos horários de trabalho que os táxis devem cumprir?
– Quem é o responsável pela fiscalização?

2 - Segundo informações obtidas junto ao Inmetro, aquele órgão faz a aferição dos taxímetros uma vez por ano e quem fiscaliza os veículos é o poder concedente. A documentação é enviada para a Prefeitura. Com base nas informações do Inmetro gostaria de saber o seguinte:
– Qual a periodicidade com que é feita a avaliação dos veículos que prestam o serviço?
– Quem é o órgão ou empresa responsável?
– Qual a periodicidade com que os veículos são fiscalizados?
– Como a documentação do Inmetro chega as mãos dos taxistas, principalmente daqueles falecidos e/ou proibidos de dirigir?
– Que tipo de controle é realizado pela Prefeitura para a entrega da documentação e do resultado da vistoria?

Ata

O documento original tinha mais questões, mas não queremos cansar os leitores com detalhes burocráticos. Estas são suficientes para esclarecer a população. Nas vezes anteriores fui acusado de falar mal dos taxistas, ter interesse político e outras coisas mais. Acho que nunca fiz isso, de qualquer forma se ofendi alguém, publicamente peço desculpas. Nunca tive esta intenção, pois como usuário eu e minha família sempre fomos bem atendidos pelos taxistas. O problema é que nos horários de maior necessidade eles não trabalham. Entendo que eles conseguem uma boa receita no horário comercial, mas como fica a população que necessita dos serviços nos demais horários? Como ficam as pessoas que chegam de ônibus a nossa cidade fora do horário estabelecido por eles? Se o senhor procurar, vai encontrar num fundo de armário ou, quem sabe, até mesmo no arquivo morto, uma ata de reunião realizada alguns anos atrás, provavelmente dois ou três mandatos atrás, onde consta o compromisso dos taxistas de prestação de serviços até a chegada do ultimo ônibus a nossa cidade. Parece que regredimos. Para não lhe assoberbar com mais questões, em outra oportunidade falaremos dos ônibus. Respeitosamente, aguardo as respostas.