Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Bom ou ruim?

Escolha a manchete: ‘Desemprego é o menor da história’ ou ‘País tem a menor criação de empregos em 10 anos’. As duas se referem ao mesmo assunto e no mesmo período, porém, cada um olha o fato a sua maneira. Alguns olham o lado positivo e outros o lado negativo.

Bom ou ruim?
Escolha a manchete: ‘Desemprego é o menor da história’ ou ‘País tem a menor criação de empregos em 10 anos’. As duas se referem ao mesmo assunto e no mesmo período, porém, cada um olha o fato a sua maneira. Alguns olham o lado positivo e outros o lado negativo. Então vamos tentar entender porque o mesmo resultado é noticiado de forma diferente. Desde junho deste ano as pesquisas vêm mostrando a queda no número de desempregados. Alguns ‘analistas’ questionavam a metodologia de cálculo porque não é possível criar emprego com baixo crescimento econômico. Pois bem: em junho os desempregados eram 60 em cada grupo de mil. Em novembro os desempregados são 46 para cada grupo de mil. O menor saldo da história desde que foi criado o acompanhamento do número de empregos. Mas então, o que significa a menor criação de empregos?

A outra manchete
A menor criação de postos de trabalho se refere ao saldo líquido de empregos formais. E realmente foi a menor dos últimos 10 anos. Mas, afinal, melhorou ou piorou? Melhorou. Conforme diminui o número de desempregados ocorre desaceleração na criação de novas vagas. Em outras palavras, novos postos de trabalho são mais difíceis de serem criados conforme diminui o número de desempregados. Imagine um país com pleno emprego e sem aumento da população. O nível necessário de criação de novas vagas é zero. A manchete poderia ser ‘Não foram criados novos empregos’, e ela seria verdadeira, mas em vez de criticarmos o país teríamos de pensar que aquele país é um paraíso onde não há desempregados e ocorrem apenas reposições de vagas. O mesmo fato, ou seja, o pleno emprego pode ser noticiado de duas formas diferentes.

Câmbio
Para os que se surpreenderam com a alta do dólar dos últimos meses, e estão esperando um recuo, precisam olhar mais para os Estados Unidos do que para as autoridades brasileiras. Acontece que os americanos inundaram o mercado com dólares, como política para a sua recuperação econômica, e agora voltam atrás e prometem enxugar o mercado. Com isso a expectativa é de novo ajuste nas cotações mundiais. É isso que tem de ser considerado na cotação das moedas. Portanto, se o ajuste se confirmar a desvalorização do real é inevitável.

Ano Novo
Sempre há um novo ano adormecido em nós. De vez em quando ele tenta se manifestar e teimamos em deixá-lo oculto e em estado sonolento. Assim, ele vai ficando letárgico com esperanças, otimismo e outros sentimentos puros e bons que teimamos em sufocar. Para fazer o ano novo precisamos ajudá-lo, fazer por merecer as boas novas. É mais fácil olhar o lado negativo. Difícil é liberar o sentimento de amor e solidariedade que temos dentro de nós e a cada ano tentamos liberar dizendo: Feliz Ano Novo.