O Banco Mundial está preocupado com os países em desenvolvimento

O Banco Mundial está preocupado com os países em desenvolvimento. Segundo relatório 'Perspectivas Econômicas Globais', estes países precisam reorientar suas economias para prevenir o superaquecimento e os danos decorrentes da inflação das commodities, a fim de preservar o forte crescimento e evitar uma aterrissagem abrupta. De acordo com o documento, economias em desenvolvimento que estão no limite da capacidade produtiva, como Brasil, China e Índia, devem acelerar o aumento das taxas de juros, reduzir os gastos do governo e, em alguns casos, valorizar suas moedas. Só falta dizer como fazer isso, enquanto os americanos imprimem dólares adoidados.
Depois da crise
Passado o estágio de combate à crise, os mercados emergentes "necessitam caminhar em direção a uma posição mais neutra em termos de política monetária e fiscal e recriar o espaço fiscal que havia antes da crise", diz o relatório. As previsões do Banco Mundial para o crescimento da economia global foram apenas levemente alteradas em relação ao relatório de janeiro. A estimativa para o crescimento econômico global em 2011 foi revisada para baixo, de 3,3% para 3,2%, enquanto as estimativas para 2012 e 2013 ficaram inalteradas em 3,6%. Enquanto isso o PIB brasileiro no trimestre cresceu 1,3% acumulando em 12 meses 6,5%. Isso encaminha o resultado anual para os 5% previstos, contra os 7,5% do ano passado. A velocidade está reduzindo, a expectativa se volta para a redução da inflação.
Aumento de preços
Segundo a instituição, os maiores riscos para a perspectiva global são a potencial continuação dos aumentos nos preços dos alimentos, outra rodada de alta nos preços do petróleo e os persistentes problemas de déficit fiscal e dívida soberana que afligem as nações ricas. A turbulência política no Oriente Médio e o desastre natural no Japão pesaram pouco no crescimento mundial, a despeito dos impactos importantes nos respectivos países, disse o Banco Mundial.