Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Automóvel

Quanto custa manter um carro?

Quanto custa manter um carro? O conforto que ele proporciona está dentro do orçamento da família? Segundo Renaldo Domingos, do Instituto DSOP, um veículo pode se tornar uma prisão financeira disfarçada de liberdade. Pelos seus cálculos, em torno de 3% a 4% do valor do veículo são gastos todos os meses. O valor inclui IPVA, licenciamento, seguro, combustível (R$ 300), manutenção (trimestral), troca de pneus a cada 30 mil km, lavagem, estacionamento, multas no valor de R$ 120 anuais e depreciação de 10% ao ano. Para um carro popular no valor de R$ 25 mil, o montante chega R$ 10 mil anuais, ou o equivalente a 40% do valor do veículo. Não podemos desconsiderar o conforto que um automóvel proporciona. Porém, este é o preço. Algumas pessoas pensam que o carro é um investimento, porém, ele é um item de consumo, e como tal deve ser considerado no orçamento.
Consciência
Estudiosos identificam duas correntes teóricas para a definição de consciência. A primeira é representada por Descartes, aquele do “penso, logo existo”. Para ele, consciência se define como conhecimento reflexivo: a pessoa aprende, reflete e cria um pensamento consciente. A segunda corrente foi desenvolvida por Brentano, onde ela é definida pela intenção, referência ou relação a um objeto mental. O dicionário Aurélio, em uma de suas definições, diz que é o “atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade”. Existe até uma enciclopédia digital de ‘Conscienciologia’, onde são listadas 110 formas de consciência, desde a adoradora, afetiva, até a voluntária, passando pela cósmica e ecológica. Estou me habilitando para contribuir com mais um tipo, a consciência asfáltica. Nascida, criada e desenvolvida em Flores da Cunha. Mais uma contribuição para a ciência.
Consciência asfáltica I
Definição: atributo pelo qual políticos de todos partidos acreditam que por meio de seu uso podem angariar votos e decidir eleições. Crença de que espalhando uma resina negra e compacta pelas ruas e estradas, faz nascer votos nas suas margens. Muito usada em períodos que antecedem as eleições. Presente em solicitações de vereadores, com os termos: trevo, rotatória, acesso, entre outros.
Consciência asfáltica II
Há muitos anos o principal debate de uma eleição era: o melhor era o asfalto frio ou quente? Não lembro quem ganhou. Mas o debate foi asfáltico. Observo agora os seus efeitos. Todo o poder está resumido numa usina de asfalto. É óbvio que ele traz conforto. Porém, essa consciência está privilegiando os automóveis e negligenciando as pessoas. O entorno do asfalto foi esquecido. Onde estão os projetos que contemplam as pessoas? Onde estão as obras de arborização? Nossas ruas cada vez mais cinzas e menos verdes, e mesmo assim, só se ouve reivindicação de asfalto. É a consciência asfáltica.