Roque Alberto Zin

Roque Alberto Zin

Opinião e Análise

Natural de Flores da Cunha, Roque Zin possui uma empresa de consultoria financeira em Caxias do Sul - a Majorem Engenharia Financeira. No meio acadêmico, Zin se destaca como bacharel em administração e é doutorando em finanças e professor da Universidade de Caxias do Sul desde 2001.

Na década de 80, Roque Zin foi tesoureiro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e mais recentemente, – em 2004 – exerceu a mesma função no Hospital Nossa Sra. de Fátima.

Zin escreve colunas para O Florense desde fevereiro de 2002.

Contatos

Alternativas

Informações do clube apontam que dois terços das reservas são feitas por brasileiros.

Codornas
Andei reclamando que meus passarinhos estavam acomodados e que não me informavam nada de importante. Aconselhado por um dos meus 17 leitores apelei para as codornas. Em pouco tempo deu resultado. Uma delas se deu o trabalho de ler a nova legislação de concessão de transporte individual de passageiros em veículos de aluguel, os táxis (mais de 40 páginas). Segundo sua análise, a lei contém avanços significativos, tais como a identificação dos veículos e a jornada mínima de trabalho. Iniciativa que merece ser elogiada. Por outro lado, entende que a lei mantém privilégios aos atuais concessionários e deixa espaço para regulamentar as comercializações irregulares, o que é lamentável. Perguntei para minha informante se isso irá melhorar o serviço. Aparentemente não. Apesar de estabelecer algumas melhorias como cursos, etc., a jornada mínima é de 30 horas semanais e não existe obrigatoriedade de prestar o serviço junto aos demais meios de transporte urbano. Além disso, deixa algumas questões dúbias do tipo ‘horário de pico’ e mantém a propriedade para os atuais ‘concessionários’ para 35 anos. A dúvida é se a população terá os serviços quando necessita. Resta torcer para que a lei seja aplicada.

Vai pros EUA

O pragmatismo americano é admirável. Buscando sair da crise que afeta a sua economia por vários anos, estão em busca de alternativas para movimentar a economia. Sim, caro leitor, a crise econômica assola todo o mundo. O Brasil não é a exceção, é a regra. Voltando as alternativas americanas, uma delas é uma lei que permite dar (vender?) residência permanente com o objetivo de atrair investidores. O público-alvo é quem tem patrimônio elevado. São necessários no mínimo US$ 500 mil para participar do programa, mas o valor pode chegar a US$ 1 milhão dependendo do local do investimento. Além do valor, o investidor deve provar que tem fontes de renda consistentes. Ou seja, não adianta vender todo o patrimônio e ficar sem nada, pois é um investimento de risco em que o investidor não pode depender do retorno para viver. O empreendimento precisa gerar 10 empregos permanentes em tempo integral para cidadãos americanos num prazo de até dois anos. Caso contrário o green card não é concedido.

Alternativas
Para os que desejam se habilitar uma das alternativas é investir os US$ 500 mil no time do jogador brasileiro Kaká. Seu clube está vendendo cotas para a construção do estádio. Informações do clube apontam que dois terços das reservas são feitas por brasileiros. Outra alternativa é investir no Estado do Texas, que abriu um escritório no Brasil com esse objetivo. Os custos podem chegar a US$ 75 mil além do valor investido. Os americanos chamam isso de ‘passaporte do investidor’. Fiquei pensando se fizéssemos algo parecido no Brasil... Certamente teríamos que cobrar um valor mais modesto. Já imaginaram? Se tivéssemos uma lei que cobrasse, digamos, R$ 50 mil para os estrangeiros que buscam nosso país? O que diriam os próprios brasileiros dessas medidas?