A ocorrência de alagamentos em nossa cidade não é tão recente, mas tem se tornado mais frequente.

A ocorrência de alagamentos em nossa cidade não é tão recente, mas tem se tornado mais frequente. O fato está ligado ao crescimento do perímetro urbano sem o acompanhamento necessário da estrutura de saneamento. Segundo especialistas, isso é decorrência da relação entre natureza e os empreendimentos urbanos na ocupação do solo. A construção de moradias obstrui o caminho natural da água de chuva e não deixam alternativas para o seu retorno aos arroios e rios. A drenagem urbana tem uma relação direta com a ocupação do solo que deve estar expresso no plano diretor de cada cidade e das suas obras públicas e privadas. Está relacionada também com o esgoto sanitário, uma vez que as redes destinadas à drenagem são usadas para esgoto doméstico e industrial. Some-se a isso o efeito do lixo deixado pelas ruas e levado pelas águas para dentro da tubulação. Obras Antigas Grande parte das obras de drenagem nas ruas urbanas remontam a década de 60. De lá para cá foram aumentando o número de prédios e, consequentemente, o número de usuários. As novas ruas e suas obras de saneamento, via de regra, foram sendo conectadas as galerias antigas. Além disso, a necessidade de vazão foi ampliada em decorrência do progresso em que as ruas de terra foram substituídas pelo paralelepípedo e depois pelo asfalto. A impermeabilização do solo urbano resulta em volume e água maior que chega às regiões mais baixas. Os custos da solução se tornam altíssimos. O melhor teria sido a prevenção, com os investimentos sendo feitos a medida que aumentam o numero de residências. Porém, o desconhecimento dos legisladores e a falta de planejamento tornam o problema uma “externalidade” jogada para toda a população. Quanto Custa Algum dia, alguém com conhecimento e tempo disponível, irá calcular os custos dos alagamentos para o cidadão. Assim, a empresa responsável pelo saneamento ou as autoridades poderão ser responsabilizadas pelos prejuízos. Então descobriremos que as obras de infra-estrutura realizadas no momento adequado teriam um custo muito menor do que a recuperação dos danos. Mas para isso, é necessário visão de futuro, o que inclui obras além de uma simples camada de asfalto, e o pior, que não aparecem aos olhos do eleitor. Trevo Eterno O “trevo da vergonha” continua sendo uma obra polêmica. Depois de ter a sua inauguração adiada por 60 dias devido à falta de agenda da governadora, foi aberto ao trânsito no dia 13, véspera da sua visita a Caxias do Sul. Em entrevista ela deixou claro que a obra não continuará devido a decisão unilateral do governo estadual de transformá-la numa rodovia federal. Nesse jogo de empurra-empurra a população que se dane. Nessa visita a governadora assinará o contrato de compra de retro escavadeiras e anunciará a duplicação de uma rodovia na região. Dessa vez não ficará apenas nas bijuterias.