Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Valorização do piso regional, desenvolvimento e distribuição de renda

Quando criado em 2001, o menor valor do piso regional do Rio Grande do Sul...

Quando criado em 2001, o menor valor do piso regional do Rio Grande do Sul valia o equivalente a 1,28 salários mínimos. Hoje, este valor representa 1,07 salários mínimos, acumulando uma perda de 27,41%.
Ao contrário da política estadual desenvolvida no último período, os Sindicatos conseguiram junto ao governo federal, implementar uma política de valorização do salário mínimo nacional, que em 8 anos teve um reajuste acumulado de 170%, representando um aumento real de 52,83%. Esta política ajudou a fortalecer o mercado interno, distribuiu renda e junto com outras medidas, possibilitou a geração de 15 milhões de empregos formais, reduzindo a população desocupada para menos de 1,5 milhão de pessoas, fato inédito na história recente do país.
A valorização do piso regional, ao contrário do que afirmam alguns setores empresariais, representa um poderoso instrumento de democratização da renda, desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida para os trabalhadores e trabalhadoras que mais precisam.
A economia gaúcha, no ano de 2010, cresceu mais do que a nacional, com uma expansão de 7,8%. O ICMS, receita propulsora dos investimentos do estado, teve um crescimento de 18,6%, totalizando um acréscimo de 2,8 bilhões sobre a arrecadação de 2009. Estes dados revelam a recuperação do setor industrial e o desempenho positivo da safra agrícola, que por tabela, alavancaram o comércio em geral.
Estão produzidas, portanto, as condições necessárias para iniciarmos um processo de recuperação do poder aquisitivo do piso regional e buscarmos a instituição de uma política permanente de reajuste e valorização deste importante instrumento de distribuição de renda e justiça social.
Os sindicatos estão à frente desta luta, para que o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa corrijam esta injustiça declarada ao piso regional no último período.
Agricultura de precisão cada vez mais essencial
Quando se fala em agricultura de precisão o produtor pode pensar prontamente em equipamentos caros e desnecessários para sua propriedade.
Entretanto, esse conceito vem mudando nos últimos anos e as empresas estão investindo fortemente neste segmento de tecnologia.
Os sistemas prometem controle pontual das máquinas que estão nas lavouras, com uma análise de dados eficiente, o que permite o controle exato dos gastos com insumos e também a avaliação da produtividade.
Dentre os equipamentos modernos usados pelos agricultores está a barra de luz (ou o GPS) e o piloto automático.
Através do GPS, o produtor consegue guiar sua máquina controlando a aplicação de defensivos. Este é um equipamento que poder ser utilizado por pequenos e grandes produtores. Cerca de 2000 desses aparelhos são vendidos anualmente.
Além do GPS, o piloto automático instalado no trator permite realizar tarefas com alta precisão sem desperdício dos insumos agrícolas, com redução de custos que podem chegar a 50%.
Portanto, o investimento no aparelho é compensado pela economia que ele proporciona não só com os insumos, mas também com a mão-de-obra.