Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Situação atual dos agricultores

Precisamos valorizar e reconhecer essa brava gente que é responsável pela produção de 70% do alimento que todos os dias chegam à mesa da população e nos unir ainda mais para exigir do governo proteção e valorização do trabalho do agricultor.

STR comemora 56 anos
Fundado em 1962, o STR completou 56 anos de existência no dia 27 de abril. Foi quando um grupo de agricultores decidiu criar uma organização com o objetivo de defender seus direitos. Da data de fundação até hoje, a entidade desenvolveu inúmeras ações e projetos para o fortalecimento do setor primário dos municípios que representa. E sua história se confunde com a defesa e representação da categoria, pois sempre lutou com muita determinação para cumprir sua missão.
Muitos foram os que se dedicaram pela causa dos agricultores familiares e que doaram parte de sua vida em prol da categoria. Como resultado dessa caminhada, muitas foram as conquistas para o bem do quadro social. Destaco os direitos previdenciários, em especial o da aposentadoria. E as políticas e programas públicos, o Pronaf, crédito fundiário, o Programa da Habitação Rural, o Seguro Agrícola, o Programa Garantia dos Preços Mínimos, entre outros.

Desafios
Se obtivemos conquistas nesse período e que merecem ser comemoradas, é bem verdade que ainda temos muitos desafios pela frente. Entre os quais, lutar para melhorar o preço dos produtos agrícolas; a sucessão rural; a assistência técnica; a pesquisa; e o controle das importações.


Situação atual dos agricultores
Esses desafios e a maneira com que os agricultores vêm sendo tratados atualmente pelo governo federal merecem uma reflexão, pois me preocupa pelos seguintes motivos: baixos preços da maioria dos produtos agrícolas, que sequer cobrem o alto custo de produção e outros; exigências e leis ambientais, no que se refere ao depósito de agrotóxicos, as altas taxas, licenças e as exigências absurdas para qualquer empreendimento no meio rural; burocracia; declaração anual de rebanho, vacinas, multas para quem não cumprir com o prazo; leis e exigências trabalhistas absurdas para quem contrata temporariamente mão de obra; aumento da taxa de juros do Pronaf; diminuição do subsídio do Seguro Rural; aumento no volume das importações de alho, leite e vinho provocadas pelos acordos internacionais e pela falta de fiscalização e controle; escassez de recursos para a saúde, segurança e para os programas e políticas agrícolas; altas despesas na área da saúde; baixo poder aquisitivo do salário mínimo dos aposentados; e aumento de combustíveis, energia elétrica e dos insumos agrícolas.
Isso desestimula os produtores e faz com que muitos abandonem a atividade. Por isso, precisamos valorizar e reconhecer essa brava gente que é responsável pela produção de 70% do alimento que todos os dias chegam à mesa da população e nos unir ainda mais para exigir do governo proteção e valorização do trabalho do agricultor.