Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Setor Primário à deriva

A economia brasileira é sustentada pelo setor primário.

A economia brasileira é sustentada pelo setor primário. Esse ramo de atividade produtiva vinculado ao desenvolvimento da agricultura, pecuária e o extrativismo (vegetal e mineral) produz matéria-prima para o abastecimento da Indústria. Os dados corroboram nossa afirmação. O agronegócio brasileiro, de acordo com a Scex (Secretaria do Comercio Exterior) e com o MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) é responsável por aproximadamente 30% do PIB (Produto Interno Bruto) por 37% das exportações brasileiras e por 35% dos empregos brasileiros, sendo que em 2007, o saldo da balança comercial do agronegócio foi de aproximadamente U$$ 49 bilhões. Mas, afinal, qual o papel de articulação e fomento do governo federal neste setor? Em verdade, estamos vendo a cada dia aumentar o descaso com o setor primário. Políticas públicas e econômicas quando adotadas são meramente paliativas, sem nenhuma eficácia, e na maioria das vezes servem apenas para acalmar alguns noticiários, como é o caso das medidas para o setor vitivinícola que não resolveram o problema. Vislumbra-se, claramente que o Brasil, em relação à agricultura, está subserviente aos interesses e políticas macroeconômicas dos demais setores ou dos próprios ministérios do Planejamento e da Economia. Primeiramente é necessário agilizar o setor desburocratizando, para que as políticas públicas cheguem a todos e de forma eficaz. Não podemos mais permitir que haja tantos empecilhos administrativos para o produtor rural poder crescer, desenvolver seu produto e sua atividade. O governo federal precisa adquirir a consciência de que o produtor rural brasileiro não pode mais ficar à mercê de um pequeno mercado, pois houve a profissionalização do setor o qual esta atendendo todas as exigências legais para a sua manutenção. Se de um lado temos um setor se profissionalizando, do outro temos um governo que insiste na mentalidade de repartição pública. Esta mentalidade traduz bem a ideia de administração pública burocrática, ineficiente e ineficaz, que não resolve os problemas, mas sim cria outros. Não podemos nos esquecer que o setor primário perdeu a capacidade de engajamento na sociedade, mesmo sendo um setor que contribui muito, é espantoso verificar a dificuldade de angariar a simpatia da população. Em outros países percebemos que o setor primário é visto com outros olhos, ou seja enxergam esse setor como fundamental, por isso aplicam medidas seguras e ágeis para o seu desenvolvimento. Não basta ampliar o crédito, é preciso muito mais que isso, é preciso garantir renda e sustentabilidade do setor primário. Convênio: O Sindicato dos Trabalhadores Rurais formalizou recentemente convênio com a MICROSOM para proporcionar melhor qualidade de vida aos associados na área de aparelhos auditivos. Por meio de mais este convênio os associados do STR podem realizar avaliações auditivas digitais e com valores e condições especiais que veem ao encontro da qualidade de vida. Os associados que tiverem interesse e necessidade de adquirir os aparelhos auditivos terão 15% de desconto. Mais informações junto ao STR.