Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Produção orgânica no país

Um estudo inédito do Projeto Organics Brasil...

Um estudo inédito do Projeto Organics Brasil com as certificadoras aferiu que a área total orgânica certificada para atividade agropastoril, no Brasil, é de 331,6 mil hectares e para extrativismo é de 6,5 milhões de hectares. Toda essa área é explorada por 7,7 mil produtores orgânicos, que produzem 5,2 milhões de toneladas por ano.
Segundo a pesquisa, o mercado de produtos orgânicos no país está em pleno crescimento com mais consumidores e empresas que desenvolvem produtos que antes eram direcionados somente ao mercado externo. Há 1,2 mil projetos com certificação internacional.
No controle deste mercado, o Brasil adotou sua própria regulamentação marcando de vez o posicionamento no mercado mundial. A rastreabilidade e a credibilidade do mercado internacional vão proporcionar mais negócios para o Brasil.
Esses números mostram para os maiores compradores que há muita área no país para aumentar a produção de orgânicos. Em relação à área de outros países, o Brasil está atrás da Austrália e da Argentina. O potencial de investimento do Brasil é enorme.
Aqui está uma grande oportunidade para os pequenos produtores agregarem mais valor à produção, diminuírem o custo e buscarem uma alternativa para diversificar a produção e, consequentemente, serem mais competitivos.
Garantia de preços mínimos
O programa de garantias dos preços mínimos para a agricultura familiar – o PGPAF – permite que o agricultor familiar pague os financiamentos de custeio e investimento com um bônus (desconto), que corresponde à diferença entre os preços garantidores e o preço de mercado, nos casos em que o valor do produto financiado esteja abaixo do preço da garantia.
Atualmente, o programa abrange: abacaxi, açaí (fruto), algodão em caroço, alho, amendoim, arroz longo fino em casca, babaçu (amêndoa), banana, baru (fruto), borracha natural cultivada (heveicultura), borracha natural extrativa, café, cana-de-açúcar, cará, carne de caprino, carne de ovino, castanha de caju, castanha do Brasil (em casca), cebola, feijão, girassol, inhame, juta, leite, maçã, malva, mamona em baga, mangaba (fruto), milho, pequi (fruto), piaçava (fibra), pimenta do reino, carnaúba, pó cerífero de carnaúba e cera de carnaúba, raiz de mandioca, sisal, soja, sorgo, tomate, trigo, triticale, umbu (fruto) e uva.
Cálculo do PGPAF
O bônus do PGPAF é calculado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab – e divulgado pelo MDA/SAF. A Conab faz um levantamento nas principais praças de comercialização dos produtos da agricultura familiar e que integram o PGPAF. Os bônus das operações de custeio e investimento ficam limitados a R$ 5 mil anuais por beneficiário do crédito rural.
Nas operações de investimento do Pronaf, o bônus pode ser concedido bastando que um único produto incluído no PGPAF seja gerador de 35%, ou mais, da renda estimada pelo agricultor para o pagamento do financiamento. Mais informações poderão ser adquiridas junto ao STR.