Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Produção mundial de vinho cai 16 milhões de hectolitros

A Organização Internacional da Vinho e do Vinho (OIV) apresentou um estudo sobre a produção e consumo mundial de vinho mostrando que o volume da produção caiu cerca de 6%. Excluindo a contagem do suco e do mosto, o nível ficará entre 234,5 e 252,9 milhões de hectolitros a menos do que a média do ano passado.

A Organização Internacional da Vinho e do Vinho (OIV) apresentou um estudo sobre a produção e consumo mundial de vinho mostrando que o volume da produção caiu cerca de 6%. Excluindo a contagem do suco e do mosto, o nível ficará entre 234,5 e 252,9 milhões de hectolitros a menos do que a média do ano passado.
Parte disso ocorre por mudanças climáticas – a Itália e a França, os maiores produtores europeus, apresentaram uma queda de 3% e 19%, respectivamente, por causa das condições climáticas adversas e as mudanças bruscas de tempo, dificultando o cultivo. Outro fator relevante foi a diminuição da superfície mundial de vinhedos, que chegou ao seu nível mais baixo das últimas décadas, 758 milhões de hectares. A diminuição é consequência de diversos fatores, desde a crise no setor, causada pela recessão econômica europeia, até a reestruturação das zonas de cultivo. A crise no setor vitivinícola está presente em que quase todos os países do mundo. O mundo todo está diminuindo a área e a produção. E nós, como vamos proceder no futuro?
Acidentes
Os tratores, máquinas e implementos agrícolas que vieram para facilitar o trabalho dos agricultores são também a causa mais frequente de acidentes e mortes no meio rural.
Esses equipamentos, quando utilizados sem a observação das normas de segurança, podem causar sérios acidentes e muitas vezes levar à morte de quem os utiliza.
Números: o Brasil, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é líder em número de acidentes fatais com esses equipamentos no meio rural. São cerca de 3 mil mortes por ano no país. E a cada três acidentes, um ocasiona a incapacidade permanente do trabalhador.
Causas: as principais causas que provocam esses acidentes são o excesso de confiança, imprudência e a falta de treinamento sobre os cuidados e o uso das máquinas. Os acidentes mais graves ocorrem justamente quando há queda ou capotagem do trator, pois na hora que a máquina tomba, joga para fora o operador, que quase sempre acaba ficando debaixo do veículo.
Em nossa região, que é muito acidentada, isso também se constitui num fator de risco, pois a parte da frente é a mais leve que a traseira, e o perigo de cair é ainda maior.
Evolução: com a facilidade de acesso ao crédito por meio do Pronaf, a mecanização da lavoura se tornou mais rápida e o trabalho mais eficiente. A tecnologia permitiu avanços significativos. Até computador e ar condicionado podem equipar os tratores. No entanto, boa parte dos que operam os equipamentos ignoram as recomendações e, por isso, correm riscos desnecessários. Todo o cuidado é necessário quando se trata desse assunto.