Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Previsão do tempo

Tempo bom para a agricultura. Essa é a previsão dos meteorologistas para os três primeiros meses do ano. Conforme o Centro de Previsão do Tempo e Estatutos Climáticos (CPTec), o Rio Grande do Sul deve registrar volume de chuvas que variam entre 300 milímetros a 500 milímetros para o período.

Tempo bom para a agricultura. Essa é a previsão dos meteorologistas para os três primeiros meses do ano. Conforme o Centro de Previsão do Tempo e Estatutos Climáticos (CPTec), o Rio Grande do Sul deve registrar volume de chuvas que variam entre 300 milímetros a 500 milímetros para o período.
A maior intensidade de precipitação deve ser registrada no Norte. O Centro, Sul e Oeste do Estado devem ter volumes um pouco menores, porém suficientes para manter a normalidade. Outros institutos meteorológicos projetam chuva abaixo da média para janeiro e fevereiro com diminuição entre 25mm a 50mm, sendo que em março deve atingir níveis normais de precipitação. Vamos esperar e torcer para que o tempo colabore para que não tenhamos perdas.
A crise da água
O esgotamento das reservas hídricas é consequência do mau uso dos recursos naturais. Isso ocorre globalmente e afeta todos os países do planeta. Diferentemente das crises econômicas, a crise da água não costuma ser manchete dos meios de comunicação. Mas, ainda que sem muito alarde, a escassez desse recurso natural, o mais importante do nosso planeta, já assume proporções de catástrofe iminente. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de um bilhão de pessoas não dispõem hoje do mínimo de água para as necessidades básicas de sobrevivência – saciar a sede, cozinhar e higiene pessoal. A expectativa é que para 2025 a multidão de sedentos chegue a 1,8 bilhão de pessoas. Silenciosamente, essa crise vai se espalhando nas diversas regiões do mundo. A escassez de água e suas possíveis soluções são muito complexas.
Exemplo de Crise
Essa complexidade pode ser retratada no seguinte exemplo: Pequim, capital da China, e seus aglomerados urbanos, tem somente 100 mil litros de água por ano per capita para sobrevivência de mais de 11 milhões de pessoas e para manutenção de todas as atividades econômicas. Esse volume representa somente 10% do mínimo recomendado pela ONU. O caso de Pequim reúne todos os fatores envolvidos na crise da água, um exemplo da gravidade da situação mundial. Entre os fatores, citamos: mudanças climáticas, esgotamento de reservas subterrâneas, poluição dos mananciais de superfície e utilização acelerada de água provocada pelo rápido crescimento econômico e industrial. Estes fatores pesam sobre o estoque limitado das reservas hídricas em todos os países.
Não esqueçamos que a água é um bem finito e que, embora no país a tenhamos em abundância, a crise é uma realidade global e se não tivermos cuidado com ela poderemos ter problemas no futuro. Portanto, em se tratando de água e meio ambiente, todo o cuidado é pouco. Ao contrário, teremos sérias consequências.