Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Preservação

Quem mais quer preservar é o agricultor, que sabe da importância do seu ‘olho d’água’ e do seu capão de mata.

Saiba mais sobre o CAR
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) contabiliza hoje quase 240 milhões de hectares inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os técnicos do Ministério acreditam que, até o dia 5 de maio de 2016, prazo final para inscrição, esse número chegará muito perto do total de 398 milhões de hectares cadastráveis. O CAR é obrigatório para os cerca de 5,4 milhões de estabelecimentos rurais do país e ajudará o governo a monitorar o uso do solo e a preservação de matas nativas em áreas protegidas, como determina o Código Florestal (Lei 12.651/2012).
O cadastramento já passou de 60% da área total e o governo espera intensificar o ritmo com a adesão daqueles que deixaram para os últimos meses. O prazo original de inscrição venceu em maio, mas foi prorrogado por mais um ano. O condicionamento da liberação de financiamentos ao cadastramento no CAR é considerado um dos principais mecanismos para a adesão dos agricultores. A partir de 2017, cinco anos após a publicação do novo Código Florestal, os bancos só poderão conceder crédito rural para propriedades inscritas no CAR.

Vantagens
Outras vantagens em ter a propriedade inscrita no CAR: possibilidade de suspensão de punições por descumprimento das leis ambientais e o acesso a programas de regularização ambiental. Até hoje, o cadastramento tem revelado que os produtores reconhecem quando suas propriedades têm passivo ambiental e, voluntariamente, apresentam proposta para a regularização. Alguns grandes produtores reconhecem que têm débito e querem regularizar suas propriedades. Ainda como vantagens, o CAR prevê a possibilidade de remuneração pela prestação de serviços ambientais e maior facilidade na obtenção de licenças.

Preservação
A análise das áreas já cadastradas revela que uma parcela significativa das propriedades mantém matas ao longo dos rios e cumpre regras de manutenção de reserva legal. Os dados ainda mostram o equívoco de tentativa de ‘satanizar’ o produtor rural, atribuindo a ele o interesse pela produção a qualquer custo. Quem mais quer preservar é o agricultor, que sabe da importância do seu ‘olho d’água’ e do seu capão de mata. Quem não preserva é aquele que não tem documento da área, onde falta regularização fundiária.